Ibovespa B3 fecha com recordes, de olho em acordos comerciais e encontro entre Trump e Lula; dólar cai a R$ 5,37
Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta segunda-feira (27) e o que movimentou os ativos
No dia após o encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o Ibovespa B3 bateu recordes de fechamento e intradiário. Nesta segunda-feira, 27, o principal índice da bolsa brasileira fechou com alta de 0,55%, aos 146.969,10 pontos, o maior patamar de sua história.
Os dois presidentes estiveram juntos em Kuala Lumpur, na Malásia, no último domingo, durante a realização da 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Na reunião, Lula afirmou não haver motivos para desavenças com os Estados Unidos e pediu a Trump a suspensão imediata do tarifaço contra as exportações brasileiras, enquanto os dois países estiverem em negociação.
“Concordamos em trabalhar para construir um acordo satisfatório para ambas as partes. Nas próximas semanas, acordamos um cronograma de reuniões entre as equipes negociadores para tratar das negociações de ambos os países com foco nos setores mais afetados pelas tarifas”, afirmou Lula.
Para Geraldo Alckmin, presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o encontro abriu caminho para destravar as negociações sobre tarifas, investimentos e cooperação econômica.
Outra negociação que animou os investidores do mercado global foi a dos EUA com a China. Com encontro entre os presidentes dos países marcado para quinta-feira, dia 30, os investidores viram, hoje, Trump acenar uma trégua comercial entre as nações.
Por fim, mas não menos importante, o Focus apontou que a melhora de percepção também está sendo vista na economia, com a previsão da inflação de 2025 chegando perto do teto da meta.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA agora é de 4,56% para este ano e o próximo, ante 4,70% uma semana antes.
O centro da meta oficial do BC é de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A revisão das expectativas ocorre depois que o IPCA-15 subiu menos do que o esperado em outubro, a 0,18%, com a taxa em 12 meses indo a 4,94%.
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Ibovespa hoje
Neste cenário, o Ibovespa oscilou entre 147.976,99 pontos na máxima histórica e 146.173,72 pontos na mínima do dia. O volume negociado foi de R$ 16,8 bilhões.
Maiores altas
| Ticker | Variação (%) | Valor (R$) |
| USIM5 | 10,53 | 5,46 |
| MBRF3 | 6,45 | 16,00 |
| MGLU3 | 5,45 | 8,52 |
| CVCB3 | 3,91 | 1,86 |
| CSNA3 | 3,36 | 8,92 |
Maiores baixas
| Ticker | Variação (%) | Valor (R$) |
| RAIZ4 | -2,06 | 0,95 |
| YDUQ3 | -1,96 | 12,99 |
| SMTO3 | -1,44 | 14,41 |
| KLBN11 | -1,06 | 17,77 |
| HYPE3 | -0,97 | 23,44 |
Dólar hoje
Com o entusiasmo global e clima especialmente positivo no Brasil, o câmbio teve dia favorável ao real. No fim do dia, o dólar comercial cedeu 0,42%, e baixou a R$ 5,37.
Bolsas de NY
O otimismo nas bolsas de Nova York, refletindo as melhoras nas perspectivas comerciais, levou o S&P 500 à patamar recorde, pela primeira vez acima dos 6,8 mil pontos. Mas a semana promete mais emoções, com decisão de juros pelo Federal Reserve na quarta-feira, e balanços das Big Techs. Assim, o S&P 500 subiu 1,23% o Nasdaq cresceu 1,86% e o Dow Jones ganhou 0,71%.
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