Mercado

Ibovespa fecha em alta de 0,65% com Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3); dólar cai a R$ 5,11

O bom humor interno do mercado acompanhou o apetite à riscos de bolsas estrangeiras

Foto: Pixabay
O Ibovespa é o principal índice de ações da B3, a Bolsa de Valores do Brasil. Foto: Pixabay

O Ibovespa fechou em alta de 0,65%, aos 127.351,79 pontos nesta segunda-feira (29/04). O índice foi puxado pelas ações da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4). O bom humor interno do mercado acompanhou o apetite à riscos de bolsas estrangeiras, que também tiveram ganhos.

O dólar, por outro lado, registrou estabilidade contra o real brasileiro. A moeda americana sofreu uma ligeira queda e está cotada a R$ 5,11. Com ganhos nas bolsas mundiais, e também perdeu força contra as principais pares internacionais, como o iene e o euro.

Ibovespa

O Ibovespa terminou o dia em alta diante da oscilação estável que apresentou até a metade do pregão.

O índice ganhou impulso a partir das firmes altas das ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4). O papel da mineradora saltou 1,86%, enquanto o da petroleira avançou 1,52% para a ação preferencial (PETR4) e 1,46% para a ordinária (PETR3).

Mas o movimento do Ibovespa foi “comedido”, conforme a análise de Alexsandro Nishimura, economista da Nomos. Isso porque a agenda econômica só vai “incorpar” a partir de quarta-feira, com o quando o Fomc (Comitê de Política Monetária), do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), decide sobre a taxa de juros nos EUA.

Além das altas em Vale e Petrobras, o destaque no Ibovespa foi a Casas Bahia (BHIA3). As ações da varejista subiram mais de 30% após o grupo ter reestruturado uma dívida de R$ 4,1 bilhão a credores.

Na noite de domingo (28), a Casas Bahia (BHIA3) informou que chegou a um pedido de recuperação extrajudicial com seus dois principais credores: Bradesco e Banco do Brasil. Juntos, eles detêm 54,5% do total de dívidas da varejista.

O mercado viu o acordo como positivo para a Casas Bahia. Analistas ponderaram que a reestruturação traz “alívio” à geração de caixa da Casas Bahia. De acordo com a própria varejista, o acordo traz impactos positivos de R$ 4,3 bi no caixa pelos próximos 4 anos. O benefício será de R$ 1,5 bi já em 2024.

Dólar

A moeda norte-americana chegou a abrir em queda e tocou a mínima de R$ 5,10 durante o pregão. O dólar, contudo, fechou o dia em estabilidade, com leve oscilação negativa de 0,03%, cotado a R$ 5,1148.

A queda nos títulos de renda fixa do Tesouro Americano, ou Treasuries, contribuiu para que o dólar não voltasse a avançar contra o real.

“A moeda teve uma leve recuperação após o PCE sugerir uma inflação mais controlada do que na semana passada”, diz Luiz Bazzo, CEO do Transferbank.

No exterior, o dólar aprofundou a queda contra pares internacionais. O índice DXY, que compara a moeda dos EUA contra outras de economias desenvolvidas, caiu 0,30%, a 105,62 pontos.

Às vésperas de definição da última taxa Ptax de abril, e as rolagens de contratos futuros já pode deixar o mercado de câmbio mais instável.

Ações em alta

A ação da Casas Bahia (BHIA3) ficou no topo do ranking de maiores papéis da bolsa de valores. A ação fechou na máxima, cotada a R$ 7,30, com valorização de 34%.

Confira a seguir as cinco principais altas do pregão. A lista de maiores ações segue como critério elencar apenas papéis com mais de mil negociações realizadas durante o pregão da bolsa.

  • Casas Bahia ON (BHIA3): +34,19%
  • Biomm ON (BIOM3): +10,99%
  • Pão de Açúcar ON (PCAR3): +9,06%
  • Gol PN (GOLL4): +7,38%
  • Hypera ON (HYPE3): +5,36%

Ações em queda

Por outro lado, a ação com a maior queda foi a da Lojas Quero-Quero (LJQQ3). O papel despencou 11%. Veja abaixo as cinco principais quedas do Ibovespa. O ranking segue os mesmos critérios da lista anterior.

  • Lojas Quero-Quero ON (LJQQ3): -11,00%
  • Zamp ON (ZAMP3): – 4,23%
  • Petz ON (PETZ3): -3,98%
  • Positivo ON (POSI3): -3,28%
  • Viveo ON (VVEO3): -2,93%

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam com leve avanço depois de devolverem parte dos ganhos de mais cedo com a divulgação do relatório trimestral de refinanciamento do Tesouro dos Estados Unidos. Investidores agora aguardam os balanços trimestrais da semana e a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na quarta-feira.

No fechamento, o índice Dow Jones subiu 0,39%, aos 38.387,06 pontos, enquanto o S&P 500 teve alta de 0,32%, aos 5.116,15 pontos. O Nasdaq ganhou 0,35%, aos 15.983,08 pontos.

Bolsas da Europa

As bolsas da Europa fecharam com atenção a dados da região e à postura do Banco Central Europeu (BCE). O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na Alemanha apontou uma persistência na inflação na maior economia do bloco, o que levantou incertezas sobre a política monetária da zona do euro. Além disso, a temporada de balanços segue em foco.

Em Frankfurt, o DAX recuou 0,24%, a 18.118,32 pontos. Em Madri, o Ibex 35 caiu 0,48%, a 11.100,80 pontos, pressionado pela incerteza política no país.

Entre as empresas, de acordo com a Reuters, a BHP poderá melhorar sua oferta pela Anglo American, após ter a proposta inicial de US$ 39 bilhões rejeitada na semana passada. Em Londres, a ação da Anglo American subiu 3,54%. Na cidade, o FTSE 100 subiu 0,09%, a 8.147,03 pontos.

Entre balanços, a Vivendi ampliou sua receita em mais de 5% no primeiro trimestre, mas a ação do grupo de mídia francês caiu 0,12% em Paris, onde o CAC 40 teve queda de 0,29%, a 8.065,15 pontos. Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,14%, a 34.296,31 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 1,03%, a 6.680,62 pontos.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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