Mercado

Ibovespa fecha em leve queda no 1º pregão do ano; dólar cai 0,28% e encerra 1ª sessão de 2025 a R$ 6,16

Dia foi de menor liquidez nos mercados

Depois de perder momentaneamente os 120 mil pontos, na mínima do dia, o Ibovespa reduziu a queda e passou a operar em estabilidade durante a tarde, impulsionado pela alta mais forte das ações da Petrobras e pelo recuo mais intenso dos juros futuros.

O índice encerrou o dia com perda de 0,13%, aos 120.125 pontos, chegando a tocar os 120.782 pontos, na máxima intradiária.

Ibovespa hoje

O dia é de menor liquidez nos mercados. O volume financeiro do índice na sessão foi de R$ 14,1 bilhões e de R$ 19,2 bilhões na B3. Entre as ações de blue chips, o destaque ficou para a Petrobras, que avançou em um dia de subida mais intensa dos preços do petróleo. No fim do pregão, os papéis PN tiveram alta de 1,60% e os ON avançaram 2,82%.

Já os papéis da Eneva foram duramente penalizados na sessão e recuaram 9,31% com a publicação de uma portaria pelo Ministério de Minas e Energia que alterou regras para um leilão de capacidade para térmicas e hidrelétricas.

A quinta-feira também foi de divulgação da terceira e última prévia da carteira do Ibovespa, que irá vigorar entre 6 de janeiro e 2 de maio. Ações da Marcopolo (POMO4) e da Porto Seguro (PSSA3) entraram, enquanto os papéis da Alpargatas (ALPA4) e da Eztec (EZTC3) saíram.

Dólar hoje

O dólar fechou o primeiro pregão de 2025 em ligeira queda. Em meio ao cenário de liquidez reduzida devido às festividades de fim de ano, a moeda apresentou oscilação firme durante a manhã e chegou a ultrapassar os R$ 6,22 nas máximas do dia.

No entanto, o alívio observado nos juros futuros e os níveis elevados de prêmio de risco já embutidos nos ativos locais contribuíram para que o real se fortalecesse na sessão.

No fim do dia, o dólar comercial fechou em queda de 0,28%, negociado a R$ 6,1624 no segmento à vista. O euro comercial caiu 1,66%, a R$ 6,3174.

No horário do fechamento, o dólar futuro para fevereiro caía 0,10%, aos R$ R$ 6,1985.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam o primeiro pregão de 2025 em queda, pressionados pelas perdas de ações de consumo discricionário e tecnologia, principalmente Apple e Tesla. A fabricante de carros elétricos caiu 6% depois de divulgar vendas desapontadoras no quarto trimestre. Já a Apple caiu 2,63% depois de registrar recorde em 26 de dezembro, com a pressão de vendas menores na China.

No fechamento, o índice Dow Jones caiu 0,36% a 42.392,27 pontos, o S&P 500 recua 0,22% a 5.868,55 e o Nasdaq perde 0,16% a 19.280,79 pontos.

Os investidores se mantiveram cautelosos na volta do feriado de fim de ano, especialmente com os rendimentos dos Treasuries e o dólar dando sinal de força neste início de ano à medida que a expectativa é de que o Federal Reserve (Fed) fique mais cauteloso no afrouxamento da política monetária.

Muitos investidores esperaram pelo ano novo para realizar lucros, por questões fiscais, o que ajudou a pressionar os papéis no pregão de hoje.

General Motors caiu 3,5% e Boeing recuou 2,8%, ainda afetada pelo acidente na Coreia do Sul.

Bolsas da Europa

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira no primeiro pregão do ano com suporte das ações das mineradoras e petrolíferas que subiram hoje.

Russ Mould, diretor de investimentos da AJ Bell, disse que foi “um tanto desconcertante” ver as ações de mineração terem um bom desempenho na quinta-feira.

“A China é um participante significativo no mercado global de commodities e dados econômicos negativos normalmente lançam uma nuvem escura sobre o setor de mineração por medo de que a demanda por metais enfraqueça. O salto nas ações de mineração […] terá sido influenciado por uma libra mais fraca em relação ao dólar americano”, disse ele.

No fechamento, Anglo American registrava alta de 0,91%, Glencore subia 2,63%, Antofagasta avançava 2% e Shell tinha ganhos de 2%.

O Índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,60% a 510,57 pontos, o FTSE 100 de Londres subiu 1,06% a 8.260,9 pontos, o Dax de Frankfurt avançou 0,58% a 20.024,66 e o Cac 40 de Paris ganhou 0,04% a 7.405,00.

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