Mercado

Ibovespa fecha em queda puxado por MGLU3, HAPV3 e SANB11 entre as piores; PCAR3 lidera ganhos

Dólar avançou a R$ 4,84, perto da máxima do dia

Ibovespa, índice mais importante da bolsa, fechou em queda e o dólar subiu no pregão desta terça-feira (4).

Ao longo da sessão os investidores repercutiram os indicadores de produção industrial, divulgado pelo IBGE nesta manhã, e o andamento da reforma tributária na Câmara. Nesta terça, as bolsas dos EUA não funcionaram por conta do feriado da Independência.

O Ibovespa recuou 0,50%, a 119.076 pontos. Entre os índices setoriais, uma das maiores quedas é do Icon, de bens de consumo, que desceu perto de 0,70%.

O dólar avançou 0,67%, a R$ 4,8405, perto da máxima do dia. A moeda já havia fechado a segunda-feira acima de R$ 4,80.

Ações do Ibovespa

Entre as maiores quedas do dia, destaque para Santander (SANB11: -1,88%), Hapvida (-1,81%) e Magazine Luiza (MGLU3: -1,45%).

A varejista sofre com a realização de lucros após altas consecutivas, além de ser impactada pela alta da curva de juros.

Já a Hapvida, uma das mais negociadas, sofreu com decisão do STF sobre o piso da enfermagem, com a obrigação de negociação coletiva.

No caso do banco, as perdas podem estar relacionadas com as incertezas quanto ao arcabouço fiscal.

Na ponta de cima, o GPA liderou (+9,94%). O conselho de administração da companhia negou uma oferta na semana passada, uma proposta de cerca de R$ 4 bilhões pela aquisição total da participação do GPA no Grupo Éxito. O GPA afirmou, na segunda, que pretende terminar a segregação do Grupo Éxito.

Reforma tributária

O mercado observa atentamente as movimentações em torno da reforma tributária. O líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu (PR), disse que a ideia é começar a votar o texto já na próxima quarta-feira (5).

A Câmara tem concentrado esforços para a votação e cancelou comissões parlamentares e temáticas, que seriam realizadas ao longo da semana.

Indústria

O avanço do setor industrial no país ficou em 0,3% em maio na relação com abril. O setor de móveis e vestuário estão 28,6% e 24,7% abaixo do período pré-pandêmico. Por outro lado, equipamentos de transporte cresceu 27,8% nesse mesmo período. A indústria brasileira ainda opera 18,1% abaixo do auge, alcançado em maio de 2011.   

Entre as seis atividades que apontaram redução na produção, produtos alimentícios (-2,6%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%) exerceram os principais impactos em maio de 2023. Com isso, o segmento apresenta o quinto mês consecutivo de queda na produção.

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%) e máquinas e equipamentos (12,3%).

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