Ibovespa tem nona alta semanal seguida, maior sequência em quase 7 anos; dólar avança a R$ 4,77
Ibovespa fechou em alta e bateu nona valorização semanal, melhor sequência desde agosto de 2016
Após emplacar altas que levaram o Ibovespa a romper a barreira dos 120 mil pontos depois de mais de um ano, os investidores voltam a apresentar restrições a investimentos em ativos de risco. O Ibovespa registrou forte queda no começo desta sexta-feira (23).
Porém, o cenário mudou ao longo do dia, após realização de lucros, com o Ibovespa fechando o dia em alta de 0,04%, a 118977,10 pontos.
Com isso, o índice mais importante da bolsa fechou a semana em alta de 0,18%, acumulando nove altas semanais consecutivas, a maior desde agosto de 2016.
Já o dólar fechou em alta em dia de bastante oscilação entre os campos positivo e negativo, subindo 0,12% no fechamento, cotado a R$ 4,7779.
Ações
As petroleiras registraram perdas nesta sexta, ainda que tenham reduzido o prejuízo ao longo da sessão. A Prio desceu 0,23%. A 3R recuou 1,86%.
Já a Petrobras aumentou seu prejuízo ao longo do pregão, com perdas de 4,10% para as ações preferenciais (PETR4) e de 3,39% para as ordinárias (PETR3).
As principais quedas do Ibovespa ficaram com Yduqs (-7,99%) e Via (-4,42%), empresas especialmente atingidas pela quebra da expectativa de um afrouxamento na política de juros, já que são empresas com alto endividamento.
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Juros
O sentimento negativo se espalhou pelos mercados nacional e global nos últimos dias por conta das decisões relacionadas aos juros. No Brasil, o Banco Central manteve a taxa de juros em 13,75%, resistindo às cobranças por queda na Selic como forma de incentivar o crescimento econômico do país mesmo após dados positivos de inflação e aumento da credibilidade do país diante da agência de risco S&P, que colocou o Brasil em patamar ‘positivo’ depois de mais de três anos.
Na Inglaterra, o noticiário também está relacionado ao patamar de juros. Na quinta, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) aumentou novamente as taxas de juros, para 5% ao ano. A inflação no país vem caindo, mas ainda mantém patamares elevados: 8,7% em abril. Em março, o principal índice de preços local estava em 10,1%.
O aumento dos juros em 0,50 ponto percentual veio acima do esperado pelos analistas, que tinham como expectativa um aumento de 0,25.
Segundo o BoE, “haverá ocasiões em que a inflação sairá da meta como resultado de choques e distúrbios. A política monetária garantirá que a inflação retorne à meta de 2% de forma sustentável no médio prazo”.
Na zona do euro, outra notícia que tem afetado os mercados é o índice de gerente de compras (PMI), teve o seu menor nível em meses, de acordo com dados preliminares da S&P.