Mercado

Ibovespa volta a avançar impulsionado por bancos e Petrobras

O alívio no noticiário político, com a ausência de ruídos na interlocução entre os ministros do governo, deu força ao índice. Dólar comercial tem primeira queda do ano

Painel da B3 mostra cotações das ações e gráfico da tendência do dia.
O principal índice da B3, a Bolsa de Valores do Brasil, encerrou a sessão em baixa de 2,12%

A quinta-feira, 05/01, foi de alívio nas tensões envolvendo as declarações de alguns ministros. A busca do novo governo por discursos mais equilibrados melhorou a percepção dos investidores. Ontem, o chefe da Casa Civil, Rui Costa desautorizou o ministro Carlos Lupi, que havia falado de rever a reforma da Previdência.

Diante de um cenário mais harmônico no governo, a Bolsa do Brasil (B3) se descolou do mercado internacional e encerrou com avanço de 2,19%, aos 107.641 pontos. Na máxima do dia atingiu 107.734 pontos.

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 3,73% e as ordinárias (PETR3) tiveram alta de 3,43%. Os papéis da estatal fecham no positivo pelo segundo dia seguido – ainda repercutindo a fala do futuro presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Segundo o senador, não haverá intervenção direta nos preços de combustíveis.

O alívio, diante das mudanças de tom do governo, também impulsionou os papéis dos bancos. As ações preferenciais do Bradesco (BBDC4) avançaram 4,34% e do Itaú-Unibanco (ITUB4) mais 3,37%. A alta de 1,79% nas ações da Vale (VALE3) também ajudou o índice.

No mercado de câmbio, o dólar comercial caiu 1,84%, e fechou negociado a R$ 5,35. É a primeira vez no ano que a moeda americana encerra o pregão no negativo.

Poupança tem saída recorde

Os saques na caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 103,23 bilhões em 2022, segundo dados do Banco Central divulgados hoje. Essa é a maior retirada de recursos da série histórica, que começou em 1995.

Ao todo, em 2022, os saques somaram R$ 3,735 trilhões; e os depósitos somaram R$ 3,632 trilhões.

A forte saída de recursos da poupança ocorre diante do avanço no endividamento das famílias e, também, em um momento de baixa rentabilidade. O B3 Bora Investir mostrou que a caderneta voltou a ter rendimento real após três anos, mas Tesouro Direto ainda rende o dobro.