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Ibovespa volta a recuar pressionado por PIB fraco e discussão fiscal

Bolsa do Brasil (B3) fechou em queda de 1,39% aos 110.925 pontos. O dólar comercial caiu 0,10%, a R$ 5,19

Painel bolsa. Foto: Divulgação B3
Bolsa de valores: fôlego curto no exterior e agenda esvaziada no país devem limitar desempenho do Ibovespa. Foto: Divulgação B3

A Bolsa do Brasil (B3) voltou para o campo negativo, após dois pregões consecutivos em alta. O Produto Interno Bruto (PIB) mais fraco no 3º trimestre e novamente as incertezas sobre a trajetória das contas públicas, com as discussões em torno da Pec da Transição, pesaram no humor dos investidores. As recentes declarações de integrantes do futuro governo sobre mudanças no plano estratégia da Petrobras – anunciado ontem – pressionaram para baixo as ações da estatal.

No exterior, analistas reforçam a expectativa da China de flexibilizar as restrições impostas pela política de ‘covid zero’, além de aguardar mais sinais de desaceleração dos juros nos Estados Unidos.

O Ibovespa encerrou o pregão com queda de 1,39%, aos 110.925 pontos. As ações ordinárias da Vale (VALE3) foram as mais negociadas e avançaram 0,75%. Na contramão ficaram os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) que tiveram baixa de 3,94%. O dólar comercial fechou em leve queda de 0,10%, a R$ 5,19.

Incertezas Fiscais

A melhora recente no sentimento do mercado durou apenas 48 horas, após notícias de uma possível desidratação da Pec da Transição. Enquanto um bloco de parlamentares se diz favorável a proposta – cujo impacto fiscal projetado é de R$ 795,6 bilhões em quatro anos – outro defende que se excepcionalize R$ 175 bilhões do teto de gastos.

O texto pode ir a plenário na próxima quarta-feira, 07/12. O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segue em Brasília para liderar as negociações com o Congresso Nacional. A proposta prevê gastos extras de R$ 198 bilhões em 2023 fora do teto de gastos para pagar o Bolsa Família.

Covid na China

No mundo, persiste o otimismo em relação a novos sinais de relaxamento da política de ‘covid zero’ na China. A cidade de Guangzhou, que relatou 7 mil casos de covid anteontem, suspendeu parte dos bloqueios e anunciou que os infectados poderão realizar quarentena em casa.