Mercado financeiro hoje: anúncio do arcabouço fiscal e Campos Neto guiam mercados
Apresentação da nova âncora fiscal será feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, às 10h30, em coletiva de imprensa
O anúncio do novo arcabouço fiscal, às 10h30, deve nortear os mercados nesta quinta-feira, 30/03. As novas regras fiscais serão apresentadas pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet
Mais cedo, às 9h, a agenda de Haddad prevê reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para apresentar a âncora fiscal.
A agenda do dia inclui ainda o IGP-M de março, divulgado às 8h, a produção industrial de janeiro (9h) e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do primeiro trimestre.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor Diogo Guillen, concedem entrevista sobre o RTI e política monetária às 11h.
Atenções ficam ainda no Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no 4º trimestre e de 2022 (9h30), o CPI da Alemanha em março (9h). Os investidores também monitoram os discursos de três dirigentes do Fed, o banco central americano (às 13h, 13h45 e 14h).
Os bancos centrais de África do Sul (10h), Colômbia (15h) e México (16h) anunciam decisões monetárias. À noite, saem os PMIs da China em março (22h30).
No exterior
Há uma menor preocupação no mercado com o setor financeiro. Isso porque autoridades do Fed e da Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) garantiram o compromisso com a revisão e o fortalecimento do sistema bancário.
Na Europa, os investidores absorveram sem sobressaltos a revisão em baixa do índice de sentimento econômico na zona do euro, a 99,3 em março, pior que a previsão de analistas (99,7).
Investidores nos Estados Unidos aguardam o PIB americano e dados de inflação PCE dos EUA, além de comentários de dirigentes do Fed, para ajustar expectativas sobre a política monetária. O monitoramento do CME Group segue apontando chance majoritária de 58,7% para manutenção de juros na faixa de 4,75% a 5%.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta moderada nesta quinta-feira por causa da diminuição de preocupações com recentes transtornos no setor bancário.
O índice Hang Seng avançou 0,58% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi teve ganho de 0,38% em Seul. Na China continental, o Xangai Composto registrou alta de 0,65%, em meio a incertezas sobre a força e sustentabilidade da recuperação do país. O japonês Nikkei caiu 0,36% em Tóquio.
No Brasil
Os mercados locais devem ser contagiados pelo bom humor persistente no exterior em meio a perspectivas sobre a inflação no RTI e os parâmetros da nova regra fiscal, que serão detalhados nesta manhã.
No RTI, os economistas miram a implicação da política parafiscal do governo sobre o juro neutro, atualmente em 4%. Há ainda expectativas sobre a projeção de inflação para 2025, pois o foco da política monetária até o momento está nos anos de 2023 e, com maior peso, de 2024.
No último Boletim Focus, a mediana para o IPCA de 2025 está em 4% O dado é superior à meta de inflação de 3% (margem de 1,5% a 4,5%).
*Com informações da Agência Estado
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