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Mercado financeiro hoje: Campos Neto e indicadores nos EUA movimentam o dia

Serão divulgados nesta quarta os índices de gerentes de compras (PMI) composto e de serviços dos EUA e Brasil, além de dados da balança comercial e sobre criação de empregos no setor privado nos EUA

Duas palestras do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento do Bradesco BBI (9h) e em almoço do grupo Esfera Brasil (12h), devem movimentar os mercados nesta quarta-feira.

Ao longo do dia também estão previstos comentários no exterior de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE), às 11h, e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), às 12h15.

Nas próximas horas são divulgados ainda os índices de gerentes de compras (PMI) composto e de serviços do Brasil (10h) e dos Estados Unidos da S&P Global (10h45). Dados norte-americanos da balança comercial em fevereiro (9h30) e sobre criação de empregos no setor privado no mês de março completam a agenda de indicadores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar decreto que promoverá mudanças no marco legal do saneamento.

No exterior

Em fevereiro, a abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos caiu ao menor nível em quase dois anos, enquanto as encomendas à indústria tiveram queda maior do que se previa. A fraqueza dos indicadores reacendeu temores de recessão e elevou apostas em manutenção de juros pelo Fed em maio.

Na Europa, o PMI de serviços da zona do euro e Alemanha ficaram abaixo das estimativas preliminares.

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta quarta-feira, após Wall Street sofrer perdas na esteira de dados econômicos fracos dos EUA. O índice acionário japonês Nikkei caiu 1,68%, e o sul-coreano Kospi avançou 0,59%. Na China continental, assim como em Hong Kong e em Taiwan, os mercados não operaram hoje devidos a feriados.

No Brasil

O clima negativo lá fora pode contaminar o Ibovespa. Comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o novo arcabouço fiscal, metas de inflação e o rumo da política monetária também podem influenciar o principal índice da bolsa.

Tem aumentado as reclamações de representantes do setor produtivo sobre o patamar atual de 13,75% ao ano da taxa Selic. A insatisfação acontece após as críticas do governo Lula aos juros elevados no País mantidos pelo Banco Central, apesar dos sinais de desaceleração da atividade interna.

Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil pode experimentar no ano que vem um “choque de crescimento”. O cenário deve acontecer se o reequilíbrio das contas públicas, prometido no novo arcabouço fiscal, somado à reforma tributária, se combinar à redução dos juros.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que o texto do arcabouço deverá chegar à Câmara até terça-feira (11/3).

*Com informações da Agência Estado

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