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Mercado financeiro hoje: dia pós-Fed e Copom com decisão do BoE e arrecadação no Brasil

Agenda de hoje traz decisões de vários bancos centrais, entre eles o Banco da Inglaterra (BoE) e da China (PBoC)

A agenda do mercado financeiro desta quinta-feira, 19/9, traz decisões de vários bancos centrais, entre eles o Banco da Inglaterra (BoE) e da China (PBoC), um dia após o desfecho das reuniões do Banco Central do Brasil (BCB) e Federal Reserve (Fed).

No Brasil, o destaque é a arrecadação federal em agosto.

Taxa básica americana

As bolsas têm alta firme no mercado futuro em Nova York e na Europa, um dia após o Fed dar início ao ciclo de afrouxamento monetário. O presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, até tentou conter os ânimos, mas ainda assim o mercado amplia a expectativa por mais 75 pontos-base em corte acumulado da taxa básica até o final do ano, conforme sugere a plataforma de monitoramento do CME Group. Mais cedo, a ferramenta mostrava 50% de chance de a taxa básica passar do nível atual (entre 4,75% e 5,00%) para o intervalo de 4,00% a 4,25%. Na véspera, essa hipótese marcava 42,2%.

O apetite a risco enfraquece o dólar ante euro e libra, moedas emergentes e ligadas a commodities, mas a divisa americana segue forte ante o iene. O mercado aguarda pela decisão do BoE, que deve manter os juros em 5,0%, mas pode retomar o processo de relaxamento em novembro, no entendimento do ING. Dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel explica que a persistência nos preços de serviços tem mantido a taxa cheia de inflação em nível elevado na zona do euro.

Taxa Selic e arrecadação

Os mercados domésticos se ajustam hoje ao tom considerado mais duro ou hawkish do comunicado do Copom e ao bom humor no exterior um dia após a decisão do Fed de cortar juros.

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No lado fiscal, as atenções ficam nos números da arrecadação. O mercado prevê que a arrecadação do governo com impostos e contribuições federais tenha atingido R$ 201,2 bilhões em agosto, após R$ 231 bilhões em julho, sustentada pelos recolhimentos advindos das medidas de base fiscal aprovadas pelo governo no ano passado devem sustentar a arrecadação federal de agosto.

E o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou ontem um relatório com alerta para o governo federal sobre o risco de descumprimento da meta de resultado primário de 2024, a partir da arrecadação proveniente de disputas no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). O documento aponta que a arrecadação até 6 de agosto de 2024 foi de apenas R$ 83,35 milhões ou 0,22% da estimativa prevista para o ano.

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