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Mercado financeiro hoje: teleconferência da Petrobras e payroll nos EUA norteiam o dia

Ontem as bolsas de Nova York fecharam em alta após o presidente do Fed, Jerome Powell, dizer ontem que o BC do país "não está longe" de estar capacitado para começar a reduzir juros

Petrobras. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Em nota, a estatal afirmou que a estratégia vai levar a companhia a ser mais eficiente e competitiva. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O retrato do mercado de trabalho nos Estados Unidos em fevereiro será conhecido nesta sexta-feira com a divulgação do payroll. Também é esperado discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Nova York, John Williams e, na China, saem os índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de fevereiro.

Aqui, o investidor acompanha nesta sexta-feira a teleconferência da Petrobras, após surpresa negativa com o balanço trimestral divulgado pela companhia na noite de ontem.

EUA e Alemanha

Os mercados internacionais operam sem direção única à espera do relatório de emprego americano para ajustar as apostas para início de cortes de juros nos Estados Unidos. A expectativa é de desaceleração na criação de vagas, no salário médio por hora e manutenção da taxa de desemprego. Se isso se confirmar, as apostas de primeiro corte de juros em junho devem ganhar força. Há pouco, essa probabilidade estava em 74,4%.

Ontem as bolsas de Nova York fecharam em alta após o presidente do Fed, Jerome Powell, dizer ontem que o BC do país “não está longe” de estar capacitado para começar a reduzir juros, em seu segundo dia de depoimento no Congresso americano. Também ontem o presidente dos EUA, Joe Biden, comemorou a queda da inflação no país e afirmou que a continuidade da trajetória de recuo dos preços vai permitir que os juros também caiam.

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Na Alemanha, a produção industrial subiu 1% em janeiro ante dezembro, superando a expectativa de analistas de alta de 0,7%. Já o PPI alemão caiu 4,4% em janeiro ante igual mês do ano passado. Analistas consultados pela FactSet previam deflação anual maior, de 6,8%. Na zona do euro, o Produto Interno bruto (PIB) do quarto trimestre ficou estável na margem na leitura final, como previsto.

De olho na Petrobras

Hoje a expectativa está em torno da teleconferência de resultados da Petrobras. A companhia divulgou ontem que fechou o quarto trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 31 bilhões, 28,4% a menos do que há um ano, e 16,6% superior ao registrado no trimestre imediatamente anterior. Em todo o ano de 2023, a Petrobras lucrou R$ 124,6 bilhões, 33,8% a menos do que em 2022.

A receita de vendas no período caiu 15,3%, para R$ 134,5 bilhões, frente ao quarto trimestre de 2022, mas subiu 7,6% em relação ao terceiro trimestre. Já o Ebitda, que mede a capacidade de geração de caixa da companhia, ficou em R$ 66,8 bilhões no quarto trimestre de 2023, queda de 8,5% contra o quarto trimestre de 2022 e avanço de 1% em relação ao terceiro trimestre de 2023. A dívida líquida da empresa subiu para US$ 44,69 bilhões, valor 7,7% superior ao registrado no quarto trimestre de 2022 e 2,2% maior do que o registrado ao fim do terceiro trimestre deste ano. Os investimentos do trimestre em questão subiram 23,7% ante o mesmo período de 2022 e 4,9% ante o trimestre imediatamente anterior, para US$ 3,55 bilhões.

Na mocreconomia, o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem uma meta: garantir monotonia na instituição. É o que revelou durante um evento em São Paulo, esta semana. “A prova de que o BC está ficando chato, monótono, de pouca volatilidade, eu acho espetacular”. Ex-número 2 do Ministério da Fazenda, Galípolo é cotado para suceder a Roberto Campos Neto no comando do BC.

*Informações Agência Estado

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