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Mercado hoje: emprego nos EUA e reforma tributária ficam no radar

No Brasil, o avanço das negociações para votação da reforma tributária em primeiro turno hoje à noite é o destaque em dia de agenda fraca

Balcão da b3 em frente a uma tela com gráficos
O principal índice da bolsa brasileira sofreu com as baixas de ações da Vale (VALE3), -0,36%, e Magazine Luiza (MGLU3), que caiu 3,75%.

Três indicadores de empregos, incluindo o relatório da ADP sobre a criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos em junho, considerado uma prévia do payroll que sai amanhã, e os dados do setor de serviços (PMI) no país ficam no radar dos mercados globais.

No Brasil, o avanço das negociações para votação da reforma tributária em primeiro turno hoje à noite é o destaque em dia de agenda mais fraca.

No exterior

Investidores repercutem sinais da ata do Federal Reserve (Fed) de que o BC dos EUA deverá voltar a aumentar juros na reunião deste mês para combater a inflação resistente, após uma pausa em junho.

No fim da tarde de ontem, o monitoramento do CME Group apontava 88,7% de chance de o Fed aumentar a taxa básica em 25 pontos-base neste mês, para o intervalo entre 5,25% e 5,50%. O nível é semelhante ao observado antes da divulgação do relatório.

Para o fim do ano, o CME mostra 27,6% de probabilidade de que os juros estejam na faixa entre 5,50% e 5,75%, o que representaria um aperto acumulado de 50 pontos-base em relação ao valor atual, embora a chance majoritária (52,8%) seja de que a taxa vire o ano no corredor de 5,25% a 5,50%.

Dados mistos europeus foram monitorados mais cedo, mas as preocupações com altas de juros na região e as perspectivas econômicas se sobrepõem. As encomendas à indústria alemã tiveram desempenho bem melhor do que o esperado em maio, mas as vendas no varejo na zona do euro ficaram estáveis em maio ante abril, pior que a previsão de alta de 0,3%.

Investidores ficam na expectativa pelos indicadores de emprego e de atividade americanos, à medida que a provável retomada do aperto da política monetária do Fed neste mês venha a ser decorrente ainda da força do mercado de trabalho no país.

No Brasil

A aversão ao risco no exterior pode inibir uma melhora nos mercados locais em meio a sinais de que a reforma tributária poderá ser votada em primeiro turno ainda hoje.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que iniciará nesta quinta-feira, por volta das 18h, a votação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária em plenário da Casa. Às 11 horas, será aberta uma sessão para dar continuidade às discussões sobre a matéria.

Lira afirmou que a votação do projeto de lei que retoma o chamado “voto de qualidade” no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) ficará para depois da reforma tributária.

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O relator da proposta, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), anunciou em seu novo substitutivo, apresentado ontem, que o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FDR) terá R$ 40 bilhões por ano, recursos que serão aportados pela União em valores crescentes a partir de 2025. Os Estados defendiam um valor de R$ 75 bilhões por ano.

Sobre o fato de a reforma tributária ter passado à frente dos projetos do Carf e do arcabouço fiscal nas votações, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a Pasta “precisa dos três projetos”, destacando as mediações feitas por Lira.

O líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), disse que vai orientar os parlamentares do partido a votarem a favor da reforma tributária no plenário. Já o PL aguarda as alterações no relatório da reforma tributária para definir sua posição sobre a proposta. Um manifesto da indústria pede aprovação rápida da reforma tributária.

*Com informações da Agência Estado

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