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Mercado hoje: investidores monitoram payroll nos EUA e destaques da reforma tributária

Autoridades do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) participam de eventos ao longo do dia.

Fachada da B3, a Bolsa do Brasil, localizada em São Paulo - (SP). Foto: Divulgação B3
A B3 atualiza e divulga, a cada trimestre, um estudo com dados sobre a evolução da pessoa física no mundo dos investimentos. Foto: Divulgação B3

O relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, de junho é o indicador mais esperado pelos mercados nesta sexta-feira, 07/07.

Hoje também autoridades do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE) participam de eventos ao longo do dia.

No Brasil, após a aprovação do texto-base da reforma tributária, a Câmara faz análise de quatro destaques (sugestões de alteração do texto).

No exterior

O relatório de emprego americano pode mostrar uma desaceleração na criação de vagas de 339 mil para 225 mil em relação ao mês anterior, queda na taxa de desemprego e aumento do salário médio por hora igual ao de maio, de 0,3%.

Caso os dados venham mais fortes, podem reforçar a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) volte a elevar seus juros básicos em julho, após dados divulgados esta semana.

Em junho, o setor privado criou quase o dobro de empregos que se esperava, enquanto o PMI de serviços medido pelo ISM avançou bem mais do que o previsto. O CME Group apontava há pouco 89,9% de chance de aumento de 25 pontos-base dos juros no dia 26 de julho.

Na Alemanha, a produção industrial caiu 0,2% em maio ante abril, abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,1% no período.

No Brasil

Antes do payroll americano, os mercados locais devem reagir à aprovação com amplo placar da reforma tributária em segundo turno, por 375 a 113 e 3 abstenções, na Câmara.

O aval à proposta significa uma vitória para o governo Lula, já que essa reforma era discutida há mais de 30 anos, e uma derrota ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que se opunha à matéria.

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Logo após a Câmara aprovar a reforma em primeiro turno, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi às redes sociais para comemorar o resultado. “Depois de décadas, aprovamos uma Reforma Tributária. Democraticamente. Parecia impossível. Valeu lutar!”, escreveu.

O texto cria o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS estadual e o ISS municipal, e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que ficará no lugar de tributos federais, como o PIS e a Cofins. E cria ainda um Imposto Seletivo que compensará o fim do IPI e servirá para desestimular o uso de produtos que fazem mal à saúde e ao meio ambiente.

A votação dos destaques, todos de autoria do PL de Bolsonaro está prevista para começar às 10 horas.