Mercados financeiros hoje: à espera de inflação dos EUA e de olho na meta fiscal no Brasil
No Brasil, investidores esperam dados sobre serviços
A agenda desta terça-feira traz como destaques a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos de outubro e discursos de vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
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No Brasil, em véspera de feriado da Proclamação da República, é esperada a divulgação do volume de serviços de setembro e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa da reunião plenária do Financial Stability Board (FSB), em Basileia, na Suíça.
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No exterior, tendência positiva antes de números de inflação nos EUA
Entre as bolsas europeias e futuros de Nova York, predomina o sinal positivo nesta manhã, enquanto petróleo e retornos dos Treasuries estão mais perto da estabilidade, assim como o dólar ante moedas principais e algumas ligadas a commodities.
Os mercados globais aguardam pelo CPI americano. De acordo com as expectativas, os números ainda não devem garantir uma percepção de tendência firme de desinflação rumo à meta de 2% ao ano, perseguida pelo Federal Reserve.
O presidente do Fed, Jerome Powell, disse recentemente que ainda não há certeza na instituição se o nível atual dos juros é suficiente para levar a inflação à meta.
Na Europa, o euro ganhou força após o índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha subir a 9,8 em novembro. Já o PIB da zona do euro encolheu 0,1% no 3º trimestre, dentro do esperado.
No Brasil, mercado segue de olho na meta fiscal
Os números de inflação dos EUA devem influenciar os ativos brasileiros e o dado de serviços tende a mexer com a parte curta da curva de juros. Por enquanto, dólar e retornos dos Treasuries indicam uma abertura com menor tração no câmbio, juros e leve alta para o Ibovespa com exterior e balanços, com destaque para os da Marfrig, JBS, CSN, CSN Mineração.
O investidor segue atento também à possibilidade de mudança de meta fiscal de 2024. Ontem o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou duas emendas para mudar a meta, uma prevendo déficit de 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB) do País e a outra, de 1%.
A expectativa é que o parecer final do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) seja votado no dia 22 de novembro na Comissão Mista de Orçamento (CMO). A possibilidade de um novo corte nos preços da gasolina pela Petrobras ainda este ano também fica no radar.
*Agência Estado
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