Mercado

Mercados financeiros hoje: ata do Copom, IPCA-15 e desoneração ficam no foco

No exterior, destaque é índice de inflação ao consumidor dos Estados Unidos

A última semana de junho traz uma agenda doméstica robusta, com a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o IPCA-15 deste mês, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), além de números do Governo Central e do setor público consolidado. Lá fora, a expectativa maior está com a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE), a métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, faz o primeiro debate presidencial com o provável candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump, antes das eleições de novembro.

Exterior

Os mercados de ações da Europa operam em alta nesta manhã, tentando se recuperar das perdas de sexta-feira, ajudados por ações de montadoras e bancos após noticia de que a União Europeia e a China irão iniciar negociações sobre os planos do bloco de impor tarifas a veículos elétricos importados do país asiático. A queda inesperada do índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha ficou em segundo plano. Os futuros das bolsas de Nova York e os juros dos Treasuries ficam mais perto da estabilidade, em dia de agenda esvaziada de indicadores nos EUA, que coloca as atenções em discursos de dirigentes do Fed. O petróleo está em leve alta, enquanto o minério de ferro caiu 3,11% na bolsa de Dalian, na China.

Brasil

O Ibovespa pode tentar dar continuidade à alta de sexta-feira, mas o fôlego tende a ser curto se Nova York seguir com pouca tração. O EWZ, principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em Wall Street, subia 0,15% no mercado futuro, às 7h20, enquanto os ADRs da Petrobrás tinham alta de 0,57%, diante do avanço do petróleo, mas os da Vale cediam 0,09% em dia de queda do minério de ferro.

O mercado fica em compasso de espera pela ata do Copom, o IPCA-15 e o RTI, mas também monitora a discussão das fontes de receita para cobrir a desoneração da folha de pagamentos e o déficit fiscal deste ano. O líder do governo no Senado e relator do projeto de lei da desoneração, Jaques Wagner (PT-BA), disse na sexta-feira que pode incluir em seu parecer uma alternativa de compensação ao benefício fiscal apenas para este ano. No radar também ficam as críticas do presidente Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pelos juros altos, mas o mercado ficou mais calmo depois de a autoridade monetária manter a Selic em 10,50% em decisão unânime na semana passada.

*Agência Estado

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