Mercado

Mercados financeiros hoje: exterior tem fôlego curto com balanços e indicadores da Europa

Investidores esperam decisões de política monetária nos EUA e no Brasil, que serão divulgadas amanhã

Números sendo mostrados em uma tela
Bolsa de valores. Foto: Adobe Stock

A agenda econômica nesta última sessão de outubro traz a taxa de desemprego do terceiro trimestre no Brasil, junto com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, e o índice de confiança do consumidor do Conference Board nos Estados Unidos.

+ Caged tem resultado positivo, mas mostra desaceleração do mercado de trabalho

Também serão publicados balanços corporativos, incluindo Caterpillar, Carrefour Brasil, Cielo Telefônica Brasil (Vivo). Começa hoje a primeira parte do encontro do Comitê de Política Monetária (Copom).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participam de reunião do Conselho Político da Coalizão, com líderes de bancadas na Câmara e presidentes dos partidos para debater a pauta econômica.

No exterior, investidores aguardam decisão do Fed

Um apetite moderado por ativos de risco impulsiona as bolsas europeias em meio a uma série de balanços de grandes empresas da região, incluindo AB InBev e Casino, e de dados mistos do PIB e de inflação (CPI) da zona do euro, além das vendas no varejo na Alemanha, que frustraram as expectativas, e um fraco PIB da França, embora acima do esperado.

Em Nova York, os mercados futuros ensaiam uma recuperação de perdas leves registradas mais cedo, enquanto os juros dos Treasuries e o dólar ante outras moedas rivais recuam.

Os investidores estão na expectativa pela decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e a divulgação de plano trimestral de financiamento do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, ambos nesta quarta-feira.

O mercado espera que o Fed deixe inalterados os juros nos níveis atuais, de 5,25% a 5,50% ao ano, apesar dos dados econômicos fortes no país.

As bolsas chinesas recuaram diante de uma inesperada contração no setor de manufatura no país, mas a de Tóquio avançou e o iene é pressionado ante o dólar, à medida que o Banco do Japão (BoJ) manteve a postura monetária ultra-acomodatícia, mas alterou sua linguagem sobre os bônus do governo japonês (JGB) de 10 anos, permitindo, na prática, que o juro do papel ultrapasse um “ponto de referência” de 1%.

No Brasil, mercado fica de olho em sinais sobre política fiscal

O recuo dos juros dos Treasuries e do dólar em relação aos pares rivais e algumas moedas emergentes e ligadas a commodities pode trazer algum alívio aos mercados de juros futuros e de câmbio. Porém, o dólar poderá ficar mais volátil durante a manhã em meio à fraqueza do setor de manufatura chinesa e a disputa técnica em torno do fechamento da taxa Ptax do fim de mês.

O Ibovespa pode ter ajuste positivo moderado, à medida que o principal índice de ações brasileiro em NY, o EWZ, apontava alta de 0,14% no pré-mercado às 7h20. Ligeira valorização do petróleo em meio a tensões ligadas ao Oriente Médio pode ajudar ainda o Ibovespa e as ações da Petrobras.

Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou o compromisso fiscal do governo, mas não a meta de déficit zero para 2024. Com isso, cresce a percepção de que o governo poderá acelerar a alteração da meta.

*Com Agência Estado