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Mercados financeiros hoje: fala de Powell sobre juros fortalece dólar

Ontem, presidente do Fed voltou a afirmar que um corte na taxa de juros americana em março "não é o mais provável"

Bolsa de valores
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A semana marca a retomada das atividades no Congresso, após o recesso parlamentar, além das divulgações do IPCA, ata do Copom, volume de serviços, vendas no varejo, setor público consolidado e balanços dos bancos Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil. Lá fora, são esperados os índices de gerentes de compras (PMIs) composto e de serviços dos EUA, encomendas à indústria da Alemanha, vendas no varejo da zona do euro e discursos de vários dirigentes do Fed. Entre os balanços estão os da BP, UBS e Ford. Na China, são esperados os índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI).

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No exterior, investidores ajustam posições após sinais de que juros não devem cair em março

A curva de juros dos EUA e o dólar se fortalecem nesta manhã, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, reiterar ontem que um corte na taxa de juros americana em março “não é o mais provável”. Na semana passada, o BC americano manteve os juros entre 5,25% e 5,50% ao ano e avisou que só cortará a taxa básica quando estiver confiante de que a inflação caminha de forma sustentada para a meta de 2% ao ano. Na sexta-feira, a diretora do Fed Michelle Bowman disse, por sua vez, que continua favorável a novas elevações de juros no futuro, caso se faça necessário.

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Na Europa, os mercados também reagem a indicadores e balanços. O PMI de serviços da Alemanha caiu de 49,3 em dezembro para 47,7 em janeiro, atingindo o menor nível em cinco meses e abaixo da linha de 50, o que indica contração da atividade. O PMI serviços da zona do euro recuou de 48,8 para 48,4 em janeiro, enquanto o PMI composto avançou de 47,6 em dezembro para 47,9 em janeiro, atingindo o maior nível em seis meses, mas ainda no patamar de contração. No Reino Unido, o PMI de serviços subiu de 53,4 em dezembro para 54,3 em janeiro, atingindo o maior nível desde maio de 2023, bem acima da leitura preliminar e da projeção de analistas, de 53,8 em ambos os casos.

No Brasil, foco se volta para o Congresso

A percepção de que os juros americanos não devem cair logo coloca os futuros de NY em baixa, enquanto os yields dos Treasuries e dólar sobem. Essa cautela deve pesar no Ibovespa, na curva de juros futuros e sobre o real. O EWZ, principal fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) brasileiro negociado em NY, caía 0,21% no pré-mercado.

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As atenções esta semana se voltam para o Congresso. No retorno das atividades, projetos que interferem na atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem entrar na pauta em mais uma etapa do embate do Congresso com a Corte. Prestes a entrar em recesso, o Senado aprovou em novembro uma PEC que limita o poder de decisões monocráticas de ministros do STF.

*Agência Estado

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