Mercado

Mercados financeiros hoje: indefinição geopolítica pode limitar ativos

Investidores acompanham o índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA e volume de serviços no Brasil

Os destaques desta terça-feira no Brasil são as participações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em audiência na Câmara, e dos diretores Diogo Guillen, que discursa em premiação do Broadcast, e Gabriel Galípolo, em evento. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne pela manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O IBGE divulga o volume de serviços. No exterior, o foco é o PPI dos Estados Unidos.

Exterior

Os ativos têm desempenho moderado, com os investidores aguardando a divulgação do PPI americano e comentários de um dirigente do Federal Reserve (Fed), que poderão ajudar a afinar as apostas em relação ao tamanho do primeiro corte dos juros esperado para setembro nos Estados Unidos. Riscos geopolíticos ficam no radar. Enquanto isso, a maioria dos índices futuros de ações em Nova York sobe levemente, após fechamento com sinal divergente das bolsas ontem. O Dow Jones futuro mirava queda, após a divulgação do balanço trimestral da Home Depot, cujas ações cediam mais de 3,00% por volta das 7h30.

Quase todos os vencimentos dos juros dos Treasuries também avançam e o dólar perde força ante a libra, na esteira da queda na taxa de desemprego do Reino Unido a 4,2% no trimestre até junho. Já o euro cede após o índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha de agosto cair mais do que o esperado por analistas, elevando preocupações com um desaquecimento da terceira maior economia mundial. Desta forma, as bolsas europeias caem levemente.

O petróleo opera perto da estabilidade. Hoje a AIE reduziu suas previsões para a alta na demanda global por petróleo. Ainda há cautela por conta de temores de uma escalada do conflito no Oriente Médio, dado que Israel segue em alerta máximo para um ataque do Irã. As bolsas asiáticas subiram. Na China, os bancos reduziram drasticamente a concessão de empréstimos no mês passado.

Brasil

A moderação externa pode dificultar uma abertura firme dos ativos no Brasil, após ontem o dólar furar a marca de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês, o Ibovespa fechar em alta pela quinta sessão seguida e os juros terminarem perto da estabilidade. Além de avaliarem o PPI americano em busca de sinais sobre as taxas de juros nos EUA, os investidores no Brasil também focarão em indícios da política monetária brasileira por meio de falas de dirigentes do BC nesta terça-feira.

O fechamento estável do minério de ferro e o leve recuo hoje do petróleo pode limitar uma eventual alta do Ibovespa em sintonia com a maioria dos futuros de Nova York nesta manhã, que ainda acompanha resultados corporativos. Ainda fica no radar dos mercados o volume de serviços de junho. A expectativa é de avanço a 0,9% após variação zero, o que pode pressionar para cima as taxas futuras em linha com os Treasuries e em meio a debates acerca de uma elevação da taxa Selic.

*Agência Estado

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