Mercado

Mercados financeiros hoje: tom é moderado com balanços e à espera de decisão do Fed

Autoridade monetária dos EUA divulga decisão amanhã. Mercados esperam sinais sobre quando inicia ciclo de afrouxamento monetário nos EUA

Moeda sobre calculadora
Mercados aguardam comunicado do Fed, em busca de sinais sobre quando juros devem cair nos EUA. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Abril termina com os mercados focados na reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que começa hoje e termina amanhã, cuja aposta majoritária é de manutenção do juro básico no nível atual. A divulgação do PMI dos EUA em abril do ISM/Chicago e o resultado trimestral da Amazon ficam também no radar. No Brasil, o foco antes do feriado do Dia do Trabalho, amanhã, são os dados de emprego – Pnad do trimestre até março e o Caged do mês passado – e no balanço do Santander.

Exterior

O tom é de moderação nos ativos nesta manhã no último dia do mês, em meio a uma gama de balanços e resultados de crescimento medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) na Europa. Há um certo compasso de espera dos investidores pelo início da reunião de política monetária americana. A expectativa é de que amanhã o juro pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) seja mantido no nível atual de 5,25% a 5,50%, mas venha algum sinal de quando começarão a cair, seja por meio do comunicado do Fed, seja na entrevista do presidente Jerome Powell.

Outro ponto de atenção são os resultados corporativos. Hoje após o fechamento dos mercados, sairá o da Amazon. Ontem, as bolsas de Nova York fecharam em leve alta, apoiadas em ganhos da Tesla e balanços. Hoje, os índices futuros de ações norte-americanos caem levemente e os juros dos Treasuries têm viés de alta. O petróleo também sobe moderadamente e o dólar avança. As bolsas europeias caem em sua maioria, após o HSBC informar queda no lucro e na receita no primeiro trimestre e o Santander divulgar aumento na receita e no lucro. O lucro do banco espanhol, contudo, ficou aquém do esperado. As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, após PMIS industriais chineses divergentes. No Japão, dados do banco central sugerem forte intervenção do governo a favor do iene nesta segunda-feira.

Brasil

A queda da maioria dos índices de ações no exterior pode instigar ajuste do Ibovespa, que ontem subiu e recuperou a marca dos 127 mil pontos, fechando aos 127.351,79 pontos. Assim, periga encerrar abril em leve baixa, o que seria o segundo mês de recuo seguido. Os ADRs da Vale e da Petrobras, cujas ações avançaram ontem na B3, caem nesta manhã no pré-mercado de Nova York. No caso da mineradora, seguem as atenções nos desdobramentos da proposta de acordo apresentada ontem pela Vale e BHP para encerrar o caso de Mariana (MG). Já a estatal informou na noite passada o relatório de produção e vendas do primeiro trimestre do ano, com alta na produção e recuo nas vendas de combustíveis. Outro foco é o balanço do Santander Brasil. A alta dos rendimentos dos Treasuries pode pesa nos juros futuros, que ainda monitoram os dados de emprego da Pnad Contínua e do Caged. No câmbio, a força do dólar no exterior pode influenciar o real.

*Agência Estado

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