Mercados hoje: investidores aguardam definição sobre taxas de Trump
Ibovespa voltou a se aproximar dos 123 mil pontos no pregão de ontem
A bolsa de valores abre hoje à espera de Donald Trump e suas prometidas medidas econômicas, sobretudo as taxas que podem afetar a China e países emergentes como o Brasil. Assim, o Ibovespa trava uma luta com suas próprias limitações. Com a alta de 0,41% da véspera, o índice marca agora 122,8 mil pontos e pode manter a tendência de alta. Vamos nos lembrar que o ano começou com a bolsa chafurdando em torno de 120 mil pontos, o que acontece faz muito tempo.
Assim, o dia sem agenda econômica forte também aumenta a expectativa por medidas de Trump. O mercado de certa maneira já precificou a avalanche de taxas que pode chegar, mas resta saber se o novo presidente da maior economia do mundo não tem algo na manga para surpreender a todos.
Morning call: veja como foi o fechamento
A precificação antecipada de uma política tarifária mais dura nos Estados Unidos levou a ajustes nos ativos domésticos na sessão de hoje. Apesar da forte expectativa, o presidente americano, Donald Trump, se limitou a dizer que irá “taxar países”, mas não detalhou como funcionará a imposição nem a magnitude que terão as tarifas durante o seu discurso de posse.
O movimento ajudou o Ibovespa a impulsionar ganhos e engatar a segunda sessão seguida de alta, com um avanço de 0,41%, aos 122.855 pontos, perto da máxima do dia, de 123.172 pontos. Na mínima intradiária, o índice chegou a tocar os 121.511 pontos.
O movimento foi seguido por um alívio do dólar à vista e dos juros futuros, que encerraram em queda. Horas antes do discurso de posse, a informação de que o republicano não planejava impor tarifas a países em seu primeiro dia no cargo, segundo matéria do “The Wall Street Journal”, deu o pontapé inicial para um alívio mais forte nos mercados.
A sessão foi de liquidez reduzida devido ao fechamento dos mercados em Nova York em razão do feriado de Martin Luther King. O volume financeiro do Ibovespa foi de R$ 8,3 bilhões, bem abaixo da média diária de R$ 15,7 bilhões vista nos pregões de janeiro até a última sexta-feira. Já na B3, o giro financeiro chegou a R$ 11,6 bilhões.
Entre as blue chips, o destaque ficou por conta dos papéis PN do Itaú, que subiram 0,96%, acompanhados pela subida dos papéis PN da Petrobras, que avançaram 0,24%. Já a Vale passou por um dia de correção, com queda de 0,37%.
As maiores perdas foram registradas pelas ações da Cosan, que caíram 6,83%, estendendo o movimento de correção visto na sexta-feira após o anúncio da venda de participação detida na Vale. Por outro lado, a maior alta ficou para os papéis da Braskem, que dispararam 8,45% após anúncio de volume relevante de investimentos na sessão anterior.
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