Na contramão dos EUA, Ibovespa B3 mostra força e sobe 0,34%; dólar vai a R$ 5,73
Veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quarta-feira (26) e o que movimentou os ativos
Descolado do dólar à vista e dos juros futuros, que subiram no pregão de hoje, o Ibovespa B3 mostrou resiliência e encerrou a sessão com avanço de 0,34%, aos 132.520 pontos. O índice oscilou entre 132.068 e 132.984 pontos.
A subida de blue chips, como Vale, Petrobras e alguns bancos, ajudou a limitar os efeitos negativos causados pelo novo dia de forte abertura da curva a termo.
O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 15,7 bilhões e de R$ 20,9 bilhões na B3.
Ibovespa hoje
As ações da Petrobras mantiveram a tendência mais positiva vista na véspera. As preferenciais da estatal avançaram 0,94%, ao passo que as ordinárias ganharam 1,06%. O dia foi de alta nos preços de petróleo diante de preocupações sobre a oferta. Já as ações da Vale subiram 0,61%.
Entre as blue chips de bancos, os papéis do Bradesco ON continuaram a se destacar, com uma subida de 1,73%.
O Ibovespa também remou na contramão dos principais índices americanos, que anotaram um dia mais negativo: o Nasdaq cedeu 2,04%; o S&P 500 teve queda de 1,12%; e o Dow Jones recuou 0,31%.
Dólar hoje
O dólar à vista exibiu valorização frente ao real nesta quarta-feira. A dinâmica do mercado de câmbio local refletiu em parte o movimento global de apreciação da moeda americana, com as incertezas em torno das tarifas de Donald Trump pesando nas negociações.
Houve relatos também de algum efeito (ainda que marginal) de questões locais, com os agentes financeiros bastante atentos às medidas do governo para expandir o crédito.
Encerradas as negociações, o dólar à vista fechou negociado em alta de 0,42%, cotado a R$ 5,7327, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,6942 e encostado na máxima de R$ 5,7474.
Já o euro comercial exibiu valorização de 0,01%, a R$ 6,1630.
Perto do fechamento do mercado “spot”, no exterior, o índice DXY avançava 0,37%, aos 104,569 pontos.
Bolsas de Nova York
Diferentemente do Ibovespa, os principais índices de ações de Nova York fecharam em queda nesta quarta-feira, com o peso de mais uma rodada de tarifas a serem anunciadas por Donald Trump daqui a pouco, sobre automóveis, antes do pacote previsto para o dia 2 de abril.
O temor do impacto que essas tarifas podem ter sobre a inflação e o crescimento americano tendem a tornar os investidores avessos ao risco.
No fechamento, o índice Dow Jones teve queda de 0,31%, aos 42.454,79 pontos, o S&P 500 recuou 1,12%, aos 5.712,20 pontos, e o Nasdaq caiu 2,04%, aos 17.899,015 pontos.
Entre os setores do S&P 500, tecnologia (-2,46%) e comunicação (-2,04%) lideraram as perdas, enquanto itens básicos de consumo (+1,42%) e serviços públicos (+0,7%) tiveram as maiores altas.
O UBS WM vê que a incerteza tarifária deve persistir no curto prazo. Na visão do banco, os Estados Unidos devem chegar a acordos bilaterais que irão tornar as tarifas recíprocas mais brandas.
Mas, apesar disso, o UBS espera que os EUA anunciem uma expansão significativa das tarifas, o que, combinado com um possível ciclo de escalada de retaliações, deve aumentar a volatilidade do mercado nas próximas semanas.
“Embora mantenhamos uma perspectiva positiva para as ações dos EUA, em meio a uma economia resiliente, reiteramos a importância da diversificação de portfólio para que os investidores naveguem pela volatilidade de curto prazo”, diz o UBS, em relatório.
Bolsas da Europa
Os principais índices de ações da Europa fecharam majoritariamente em queda nesta quarta-feira (26), com exceção do FTSE 100, da Bolsa de Londres.
A política tarifária dos Estados Unidos segue como o principal tema no mercado, especialmente uma semana antes do amplo pacote de tarifas recíprocas, que deve ser anunciado por Donald Trump no dia 2 de abril.
No fechamento, o índice Stoxx 600 caiu 0,72%, aos 548,63 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 1,17%, aos 22.839,03 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 0,96%, aos 22.839,03 pontos.
Na contramão de seus pares, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 0,30%, aos 8.689,59 pontos.
As bolsas europeias aproveitaram a maior cautela para um movimento de realização de lucros, que se intensificou ao longo da sessão, após a agência de notícias “Bloomberg” indicar que o governo americano se prepara para implementar tarifas sobre automóveis importados já nesta quarta-feira.
No cenário macroeconômico, dados divulgados hoje mostraram que a inflação britânica desacelerou de 3% em janeiro para 2,8% em fevereiro.
A queda foi um pouco maior do que o esperado pelo mercado, o que contribuiu para impulsionar as ações em Londres, mas o número ainda se manteve acima da meta do Banco da Inglaterra (BoE).
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