Mercado

Prévia do PIB avança no 3º tri e marca maior expansão desde o fim de 2020

Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) avançou 1,36% - a maior expansão desde o quarto trimestre de 2020. Dados foram divulgados hoje pelo Banco Central

Três moedas de um real
Documento da Fazenda projeta aumento do PIB para este ano. Foto: Reprodução

A economia brasileira avançou no terceiro trimestre deste ano. É o que aponta o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado nesta segunda-feira, 14/11 pelo Banco Central. O IBC-Br avançou 1,36%, a maior expansão desde o quarto trimestre de 2020, quando foi registrado um crescimento de 3,82%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, e mede a evolução da economia. O resultado oficial do período será divulgado no dia 01º de dezembro pelo IBGE.

O mercado financeiro espera para este ano um crescimento do PIB de 2,77%. Os dados são do boletim Focus divulgado hoje. Para 2023, a expectativa é de um avanço bem menor, de 0,70%. Já o Ministério da Economia projetou, em setembro, um crescimento de 2,7% para 2022 e 2,5% para o ano que vem. No mesmo período, o Banco Central espera que o PIB avance 2,7% neste ano e 1% em 2023.

Outras comparações

Na comparação com o terceiro trimestre de 2021, o IBC-Br registrou um crescimento de 4,32%, segundo o Banco Central. Só em setembro, a prévia do PIB teve alta de 0,05%, contra o mês anterior. O resultado de setembro veio abaixo da expectativa do mercado que era de crescimento de 0,20%. Em agosto, o IBC-BR caiu 1,13%.

No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a atividade econômica brasileira teve aumento de 2,93%. Em doze meses, o indicador revela uma elevação de 2,34%.

IBC-BR x PIB

O cálculo do Índice de Atividade Econômica e do Produto Interno Bruto são um pouco diferentes. O indicador do Banco Central incorpora as estimativas do setor de serviços, indústria, agropecuária, além dos impostos. Mas não considera o lado da demanda – que é incorporado ao cálculo do IBGE. A ótica da demanda inclui dados de consumo das famílias, do governo, investimentos, exportações e importações.

O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros. Hoje a Selic está em 13,75% ao ano.

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Estimativas do Mercado

Pela terceira semana consecutiva, a estimativa de inflação para 2022 voltou a subir. Avançou de 5,63% para 5,82%, segundo Focus, do Banco Central (BC), divulgado hoje, 14/11. O relatório, publicado as segundas-feiras, contém as projeções do mercado financeiro para a economia brasileira. Apesar da estimativa de inflação ter visto uma sequência de 17 semanas de queda, o resultado segue acima do teto da meta do BC que é de 5%.

Foram ouvidas pelo Banco Central mais de 100 instituições financeiras até o fim da semana passada. O relatório é essencial para o investidor pautar as suas conversas no início da semana e corrigir ou confirmar estratégias no mercado de ativos.

Para 2023, a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) manteve-se em 4,94%. Para 2024, permaneceu em 3,50%. Em ambos os casos, o valor está bem acima da meta do Banco Central que é de 3,25% em 2023 e 3% para 2024. A meta de inflação tem sempre uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A expectativa para a taxa básica de juros foi mantida em 13,75% ao ano até o fim de 2022. Hoje a Selic já está nesse patamar e o Comitê de Política Monetária (Copom) segue sinalizando que deve mantê-la alta por um período mais prolongado.

Para o fim de 2023, a expectativa do mercado para a taxa Selic permaneceu em 11,25% ao ano e 8% ao ano em 2024. A próxima reunião do Copom ocorre nos dias 6 e 7 de dezembro.

Quer saber como a alta da Selic afeta as suas ações? Este vídeo pode te ajudar:

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