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Mercados hoje: foco nas decisões de juros no Brasil e nos EUA

No Brasil, a expectativa é por uma alta de 0,5 ponto na Selic; nos EUA, Fed deve manter taxa estável

As decisões de juros do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) e do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) são o principal destaque da agenda desta quarta-feira (7). Entre os indicadores, a produção industrial brasileira de março deve ser observada.

No Copom, diante de incertezas externas e do cenário local ainda desafiador, a expectativa majoritária do mercado é por uma alta de 0,5 ponto na Selic.

Início dos cortes de juros

No entanto, os passos do BC para além da reunião desta quarta são menos claros, bem como o momento do início dos cortes de juros no Brasil.

Predominam três visões principais: a de que o BC ainda precisa de uma dose maior de juros para levar a inflação para a meta; outra de que a autoridade pode alongar um pouco o horizonte de convergência, mantendo a Selic parada por mais tempo; e aqueles que acreditam que o comitê já emitiu a mensagem de que vai interromper o ciclo de aperto nas taxas.

No primeiro grupo estão, por exemplo, Itaú, XP e BTG. Todos eles enxergam uma subida adicional dos juros em junho, de 0,25 ponto percentual (p.p). Isso levaria a taxa para 15% ao ano.

No francês BNP Paribas, a economista Fernanda Guardado, que lidera a área de projeções do banco para a América Latina, vai além.

Guardado, que fez parte do BC entre 2021 e 2023, diz que a Selic sobe mais 0,25 ponto em junho e se mantém em 15% por pelo menos um ano. Até convergir a taxa de inflação ao alvo de 3% em 2027.

Já o Bradesco e o Santander estão entre os mais otimistas, aqueles que esperam uma paralisação no ciclo de alta da Selic agora em maio. Com eles estão Bank of America e Goldman Sachs, assim como o digital Inter e a gestora Asa.

EUA: Fed deve estender a pausa nos cortes de juros

Ainda na quarta-feira, espera-se que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mantenha as taxas de juros estáveis nos EUA.

O Fed deve estender a pausa nos cortes de juros, em meio a preocupações de que as tarifas do presidente americano Donald Trump coloquem novas pressões inflacionárias e, ao mesmo tempo, prejudiquem o crescimento da atividade econômica.

Portanto, a expectativa do mercado é para uma decisão de juros nos EUA de manter as taxas entre 4,25% e 4,5%, nível alcançado em dezembro após uma série de cortes no segundo semestre de 2024.

Após o anúncio da decisão de juros dos EUA, o mercado acompanha os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell.

Os agentes do mercado financeiro buscam pistas sobre como a autoridade monetária dos EUA avalia os riscos de uma desaceleração da maior economia do mundo.

Como fecharam as bolsas de valores?

O Ibovespa B3 encerrou o pregão de terça (6) próximo à estabilidade com avanço de 0,02%, aos 133.516 pontos. A recuperação das ações da Petrobras e a alta dos papéis da Vale ajudaram a limitar as perdas. O volume financeiro do Ibovespa B3 na sessão foi de R$ 17,2 bilhões e R$ 22,0 bilhões.

O dólar à vista exibiu valorização frente ao real na sessão de terça. Encerradas as negociações, o dólar à vista fechou negociado em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,7102, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,6929 e encostado na máxima de R$ 5,7374.

Em Wall Street, também na terça-feira, o índice Dow Jones caiu 0,95%, aos 40.829,00 pontos; o S&P 500 cedeu 0,77%, aos 5.606,91 pontos; e o Nasdaq perdeu 0,87%, aos 17.689,66 pontos.

Bolsas asiáticas sobem

Já as bolsas da Ásia fecharam em alta nesta quarta (7), em sua maioria, com as bolsas de Tóquio e Seul retornando do feriado e os investidores otimistas após a confirmação de que os Estados Unidos e a China manterão negociações sobre tarifas, reduzindo as tensões comerciais.

O índice Nikkei 225 do Japão fechou em queda de 0,14% a 36.779,66 pontos e o índice Kospi da Coreia do Sul subiu 0,55% a 2.573,80 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,13% a 22.691,88 pontos e, na China continental, o índice Xangai Composto teve alta de 0,80% a 3.342,66 pontos.

Com informações do Valor Econômico

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