“O Brasil tem uma oportunidade extraordinária”, afirma Paulo Guedes
Em evento, ex-ministro da Economia Paulo Guedes destaca potencial de crescimento do Brasil em meio ao cenário externo atual
O ex-ministro da Economia Paulo Guedes afirmou nesta quarta-feira (08/11) que o Brasil tem uma oportunidade extraordinária de crescimento econômico no cenário mundial. Ele também disse reconhecer que o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta fazer o possível para que isso aconteça. O economista participou de painel realizado pelo Grupo GCB em São Paulo.
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“Temos uma oportunidade extraordinária, seja em energia ou alimentação. Estamos em uma ótima posição. Basta apenas fazer bem feito o trabalho dentro de casa. O que não podemos é brigar aqui entre nós, desacreditarmos das nossas próprias instituições”, destaca.
“Acho que o Haddad está tentando com o que pode, sei como é complicado sentar naquela cadeira. Enquanto estamos conversando, estão serrando o chão”, completa Guedes.
O ex-ministro disse que apesar dos desafios locais, o potencial é ainda maior. “O Brasil já aprendeu sua lição, e a economia surpreendeu nos últimos anos e vai continuar a surpreender”.
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Segundo ele, a oportunidade vem do atual cenário internacional, que tem as principais economias do mundo em desaceleração e tensões geopolíticas.
Cenário complicado no exterior
Guedes também apontou o cenário complicado das grandes economias do exterior. De acordo com ele, foram 40 anos de bonanças na economia mundial, que os países se “entorpeceram com as vacas gordas e não se atentaram para tempos de vacas magras” que estavam por vir.
“O resultado final desse processo são as rupturas das cadeias produtivas. O mundo não está mais na sua eficiência produtiva. Com isso, sai a era de crescimento econômico e entramos na era das influências geopolíticas, e quando a economia não vai bem, surgem os conflitos geopolíticos.”
“O que poderia ser uma aproximação vira conflito, com o modelo econômico exaurido. Temos que torcer para desacelerar essa escalada”.
Contudo, Guedes argumenta que o cenário coloca oportunidades para o Brasil.
“Nós temos competência para produzir tudo, principalmente nas questões de transição energética, que é o mais requisitado pelo mundo hoje”.
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