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Conheça os principais pontos do plano estratégico da Petrobras para 2023-2027

B3 Bora Investir mostra os principais pontos do plano que tem no setor de Exploração e Produção e na busca por novas fronteiras como foco da companhia

A Petrobras lançou nesta semana o seu plano estratégico para o período de 2023 e 2027. A estatal projeta investimentos de US$ 78 bilhões, um avanço de 15% em relação ao plano anterior (2022-2026) que era de US$ 68 bilhões. O valor também supera a média de US$ 72 bilhões dos últimos seis planos, além de retomar os investimentos ao patamar pré-pandemia. A companhia vai investir ainda outros US$ 20 bilhões em afretamentos (contratos) de novas plataformas.

O planejamento estratégico de uma empresa é uma ferramenta de gestão que direciona o caminho da companhia para atingir os seus objetivos de negócio.

O caminho da Petrobras nos próximos cinco anos tem como prioridade a exploração e produção de petróleo no pré-sal. No entanto, a busca de novas fronteiras e descobertas será concentrada na Margem Equatorial. A região é um ponto ambiental sensível – entre o Rio Grande do Norte ao Oiapoque (AP) – tanto que as licenças ambientais ainda não foram aprovadas.

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O diretor executivo financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Rodrigo Araujo, afirmou que a continuidade é o grande recado do plano estratégico. Disse ainda que se a empresa tem lucro, ele pode ser dividido com os investidores.

“A geração de valor e a distribuição de valor gerado seguem sendo pilares importantes. Do que entendemos como melhores caminhos de diversificação rentável”, disse o executivo durante Petrobras Day nesta quinta-feira, 01/12.

A divulgação do plano estratégico nesta quarta-feira, 30/11, aconteceu no mesmo dia em que a Petrobras deixou de ser a companhia mais valiosa da Bolsa do Brasil (B3). Segundo levantamento do TradeMap, a estatal foi ultrapassada pela Vale em valor de mercado. Enquanto a petroleira atingiu R$ 376 bilhões, a mineradora tem R$ 389 bilhões.

Exploração e Produção

O setor de Exploração e Produção (E&P) segue no foco da Petrobras e terá investimentos na ordem de US$ 64 bilhões nos próximos 5 anos. O valor corresponde a 83% do investimento total previsto e é seguido pela área de Refino, Gás e Energia (12% ou US$ 9,2 bilhões); Corporativo (3%) e Comercialização e Logística (2%).

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O maior destino dos recursos da área de E&P, 67%, será para o pré-sal. A companhia afirma, no entanto, que esse projeto só será viável com o barril do tipo Brent – referência internacional – cotado a US$ 35. Nesta quinta-feira, os contratos para fevereiro de 2023 estão próximos a US$ 89.

Para atingir os objetivos com o pré-sal, a Petrobras ressaltou o compromisso com a emissão máxima de até 15 KgCO2 equivalente por barril de óleo equivalente até 2030. Para isso, pretende utilizar novas tecnologias como a redução do tempo de construção dos poços e maior eficiência no consumo de diesel.

A exploração de petróleo e gás vai receber US$ 6 bilhões nos próximos cinco anos, sendo a metade disso, US$ 3 bilhões para a Margem Equatorial do litoral brasileiro. O local é considerado pela companhia a nova fronteira de exploração. No entanto, a empresa ainda aguarda licenciamento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Refino e Gás

A área de Refino e Gás Natural vai investir quase a metade do previsto na expansão e aumento da eficiência. O plano prevê também investimentos em oito novas unidades de processamento e seis obras de adequações de grande porte – o que deve elevar a capacidade de processamento em 154 mil barris por dia (bpd) e a produção de Diesel S-10 em mais de 300 mil bpd.

As iniciativas de baixo carbono devem receber US$ 4,4 bilhões.

Desinvestimentos

A Petrobras prevê que os desinvestimentos devem ficar entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões em cinco anos.