Dia Mundial da Poupança: a importância de poupar, além do óbvio
Fazer a própria poupança passa por desafios, mas abre caminhos para objetivos maiores
Há 100 anos, 31 de outubro é celebrado como o Dia Mundial da Poupança. A data criada no 1º Congresso Internacional de Economia, em 1924, tem como finalidade conscientizar a sociedade sobre a necessidade de constituir reservas financeiras. No conceito econômico mais genuíno, a poupança é a parte da renda que não é destinada ao consumo imediato. Assim, de acordo com Daniela Bandeira, planejadora financeira e Head da SuperRico Academy, a poupança é a base para qualquer investimento de curto, médio ou longo prazo.
“A verdadeira importância de poupar reside, portanto, em criar condições financeiras para enfrentar imprevistos, alcançar objetivos de consumo, realizar sonhos e atingir estabilidade e independência financeira na aposentadoria”, afirma ela.
Dificuldades em poupar
No entanto, a educação financeira segue longe de fazer parte da cultura do Brasil. De acordo com a 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa da Anbima em parceria com o Datafolha, cerca de 52% da população brasileira sente alto nível de estresse com as despesas e apenas 18,8% começou a poupar para a aposentadoria.
A planejadora financeira destaca que os maiores desafios para se poupar concentram-se prioritariamente em três aspectos: planejamento, comportamento e educação financeira
O primeiro deles é desenvolver um planejamento orçamentário doméstico que permita ter a sobra necessária para investir, ao invés de se consumir de imediato tudo que se ganha.
Outro aspecto apontado por ela é o comportamental e diz respeito a manter a disciplina, a prioridade e o foco no objetivo de poupar.
Por fim, Bandeira cita a disseminação da educação financeira, “para aprender sobre alternativas de poupança e investimento e escolher o aconselhamento profissional adequado na hora de investir”.
Dicas para começar a poupar
Dadas as dificuldades citadas, algumas dicas são valiosas para conseguir começar a fazer a sua poupança. De acordo com a Head da SuperRico Academy, a dica mais importante para conseguir poupar é, primeiramente, definir metas
“As metas podem ser voltadas a construir uma reserva de emergência que traga tranquilidade e segurança perante imprevistos, podem ser voltadas à realização de sonhos ou à realização de objetivos de consumo, como a compra de um bem, por exemplo”, ressalta Daniela Bandeira.
A dica seguinte é desenvolver um orçamento e acompanhar periodicamente receitas e despesas, fazendo assim uma gestão equilibrada e consistente do seu fluxo de caixa doméstico. “Ter um controle de ganhos e gastos é a melhor forma de adquirir autoconhecimento financeiro e conquistar maior poder de decisão sobre o dinheiro”, cita.
Por fim, investir na busca de educação financeira, procurando informações, artigos, cursos e conteúdos idôneos, que possam aumentar o entendimento sobre poupança, investimentos, riscos e recompensas.
Para os que têm maior dificuldade, a ajuda de um planejador financeiro pessoal pode ser uma excelente escolha nesse contexto.
Poupar para além da poupança
Tradicionalmente utilizada para a criação de reservas financeiras, a poupança é uma escolha popular não apenas pela facilidade, segurança e conveniência, mas também por garantir liquidez imediata em caso de necessidade, além de oferecer rendimento mensal.
“A poupança é a porta de entrada para a realização de metas, pois é simples e segura. Indicada principalmente para quem está começando a se organizar financeiramente, ela permite economizar recursos tanto para uma reserva financeira quanto para alcançar objetivos”, afirma Adriana Zandoná, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi.
A gerente destaca que muitas pessoas se descobrem investidoras ao ver que suas economias cresceram na poupança. Porém, para aqueles que evoluem em relação às suas finanças, a poupança pode ficar inadequada para seus objetivos.
Eduarda Gouvêa, vice-presidente do Conselho Deliberativo da Droom Investimentos, destaca que existem alternativas de investimentos além da tradicional poupança. “Embora segura e vista como investimento de curto prazo, há outras opções de renda fixa ou similares à classe que entregam retornos muito mais interessantes que a caderneta”.
Gouvêa ressalta que além de organizar as finanças básicas, é necessário guardar um valor para investimentos. Os rendimentos obtidos por meio dessas aplicações serão um suporte crucial para garantir uma aposentadoria com mais qualidade e conforto, ou para realização de um sonho, seja a compra da casa própria, de um carro ou outro patrimônio.
Daniela Bandeira, da SuperRico, ainda lembra que diversificar os investimentos para além da poupança tradicional permite buscar alternativas de maior rentabilidade para o dinheiro, além de proteger os investimentos da inflação, que corrói o poder de compra.
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