Objetivos financeiros

É de criança que se aprende a investir? Influenciadores respondem

Nath Finanças, Economista Sincero, Lucas Pit Money e Thiago Salomão lembram como o assunto dinheiro era tratado na família e de que forma cuidam do próprio orçamento

Seus pais falavam de dinheiro com você quando criança ou você teve que aprender sozinho a lidar com suas contas? Especialistas apontam a importância de ensinar o valor do dinheiro e a importância de gerenciá-lo desde cedo, mas sabemos que essa não é a realidade da maioria dos brasileiros.

A dinâmica não é diferente nem para aqueles que hoje dedicam suas vidas a falar sobre o assunto. Nath Finanças, Charles Mendlowicz, o Economista Sincero, Lucas Pit Money e Thiago Salomão contam ao Bora Investir como era a relação de suas famílias com o dinheiro e como pretendem mudar isso quando estiverem no lugar de seus pais.

Educação financeira infantil: saiba falar de finanças com os pequenos

Criado pela mãe com ajuda dos avós, Charles, criador do canal Economista Sincero, conta que o assunto de dinheiro não era comum quando jovem, e que a realidade familiar possivelmente colaborou para o tabu. “Eu sentia a escassez”, lembra ele.

Não foi diferente com a orientadora financeira Nathália Rodrigues, mais conhecida como Nath Finanças. Ela lembra que sempre ouvia que falar sobre dinheiro era “coisa de adulto” e que apenas via seus pais fazendo as contas. “Passei a ter contato com organização financeira a partir do meu primeiro emprego, na verdade”, conta.

Nath diz que, se tiver filhos, pretende tratar do assunto com naturalidade em casa. “Sei que vou falar com eles de maneira aberta, clara e transparente”.

Com Lucas Pit Money e Thiago Salomão, fundador do Market Makers, o assunto até existia na infância, mas sempre no contexto de cortar custos, por causa da situação financeira familiar. 

“Pouco se falava sobre investimentos, em renda variável principalmente, pouco se falava em assumir riscos, em negócios, para que se ganhasse mais. Então, era sempre uma visão de como gastar menos”, conta Pit. “O que eu mudaria é que meu filho vai saber o quanto que eu ganho, quanto vale a minha empresa, o que estou fazendo e quais meus planos futuros. Porque falar em termos de receita é algo que acho que faltou para mim e que vou tentar consertar quando tratar desse assunto com o meu filho”.

Thiago Salomão lembra que foi entre 12 e 14 anos que começou a tratar do assunto, quando começou a fazer bicos para ganhar seu próprio dinheiro, onde ia guardando e anotando aquilo que conseguia. “Eu mesmo fiz uma gestão do dinheiro. Como meus pais não tinham uma condição muito boa, eu sabia que era importante fazer o dinheiro sobrar, então, eu guardava por causa disso”, diz. “Eu já guardava dinheiro pensando em não ter os perrengues que meus pais às vezes passavam de atrasar conta ou algo do tipo”.

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Confira como cada influenciador controla seu orçamento:

Nath Finanças

“Comecei usando aplicativos de organização financeira, pois para mim era mais prático na correria entre trabalho e faculdade, fazia o controle pelo celular no tempo “livre” em trânsito dentro do ônibus, por exemplo. Atualmente, as planilhas funcionam muito bem, gosto do processo, ele funciona super bem para a minha rotina.  Porém, é importante que as pessoas encontrem formas que sejam eficientes e também se adequem à realidade e à possibilidade de cada um. O importante é ser eficiente para você.”

Economista Sincero

“Controlo meu orçamento por meio de uma planilha, mas atualmente temos diversos aplicativos que fazem isso automaticamente. Isso mudou bastante ao longo da vida, já que eu não ligava tanto para isso no início da vida adulta. O Livro ‘Pai Rico, Pai Pobre’ me ajudou demais nessa mudança.”

Pit Money

Mudei bastante ao longo da vida, mas eu nunca fui de ‘controlar’ o orçamento. O que eu percebi, que foi algo que destravou a minha vida financeira, é que quando você investe antes de gastar, você investe melhor e com a grana que sobra você pode gastar com o que quiser sem culpa.” 

Thiago Salomão

Meu orçamento controlo da maneira mais simples possível. Tenho uma noção dos meus gastos mensais, aqueles gastos fixos, como celular, moradia, essas coisas que não mudam, coloco também os gastos variáveis como mercado, lazer, e busco deixar sempre uma gordura de 20% e subtraio do que ganho. O que ganho tem que ser maior do que meus custos e eu sou bem rigoroso nisso. Fazia isso quando era menor, obviamente tinha menos custos, mas continuo fazendo isso agora.”