6 lições que o carnaval ensina sobre investimentos
Além de divertida, a festa pode ser educativa e, por que não, econômica?
Por Guilherme Naldis
Se você acha que a educação financeira só se aprende em livros e aulas, está cometendo um erro. O conhecimento sobre investimentos e organização das contas pessoais pode estar em lições de todos os lugares e situações — mesmo nas mais inesperadas.
O carnaval é uma delas, e saber enxergar oportunidades de poupar ou aprender é uma habilidade importante para investidores iniciantes. Afinal, a economia engloba todos os aspectos da vida. Inclusive, os períodos de festa!
Por isso, separamos algumas lições de educadores financeiros que valem tanto para a folia quanto para a administração do seu bolso.
1 – Às vezes, o barato sai caro
Um dos principais conceitos da economia é o da dualidade entre risco e prêmio. Quanto maior a incerteza, maior a recompensa pela coragem. Ao mesmo tempo em que a remuneração aumenta, cresce o risco de perder tudo.
Pode ser que, de fato, aquele investimento pretensioso e com poucas informações seja uma bolada em potencial e você ganhe muito dinheiro. Mas também pode ser que você está apenas diante de um esquema de pirâmide financeira.
A mesma coisa vale para o carnaval: é verdade que os bloquinhos de rua são os mais legais. Mas considere o risco de tomar chuva ou ser assaltado na decisão e veja se se enquadra no seu perfil de folião.
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2 – “Eu quero é botar meu bloco na rua”
Não dá pra curtir o carnaval sem guardar uma grana antes, né?
O carnaval requer planejamento financeiro. Seja para comprar itens do carrinho de vendedores ambulantes em bloquinhos de rua, seja para entrar naquela festa tão desejada. O mesmo vale para as seus investimentos: tudo requer preparo. E quem guarda, tem.
“Quem fez a lição de casa, ou seja, se planejou durante o ano passado e conseguiu investir mensalmente, agora vai colher os frutos e aplicar esse valor como achar melhor: abadá de bloco, fantasia de Escola de Samba, retiro espiritual ou uma viagem para uma praia paradisíaca. Ou seja, vai colher os frutos desse esforço”, reflete Eduardo Dellavolpi, planejador financeiro certificado pela Planejar.
3 – Tudo tem um preço
A moderação nunca é demais. E sempre quando abusamos, a conta chega. Por isso, é importante medir as consequências das decisões a serem tomadas durante a festa para evitar arrependimentos. Seja na hora de comprar uma bebida a mais ou aceitar um convite para um after.
“Pense bem antes de sair torrando grana por aí, principalmente se você não se planejou. Para não ficar de fora da festa corremos o risco de realizar gastos desnecessários, parcelar compras no cartão de crédito, entrar no cheque especial e até mesmo pegar dinheiro emprestado de amigos”, diz Dellavolpi.
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4 – Quando um desfile acaba, o próximo começa
O planejamento é uma ferramenta fundamental para tudo na vida. Se tratando de finanças, ele é decisivo. Quanto antes você começar, mais tempo terá para cumprir seu objetivo.
“Se você não conseguiu realizar sua fantasia neste carnaval, comece a se preparar para a próxima oportunidade. Atenção! Ela começa AGORA! Trace objetivos, faça uma estimativa do custo, divida pelos meses que faltam até fevereiro de 2024”, completa a o planejador.
5 – Fantasias são boas para o carnaval, não para metas financeiras
Traçar objetivos financeiros irreais pode ser ruim, tanto quando superestimamos nossas capacidades como quando as subestimamos. Achar que você irá se dedicar a operar ações todo dia ou que vai conseguir guardar mais dinheiro do que tem sobrado nos últimos meses é a mesma coisa de pedir mais um copo quando mal se consegue parar em pé.
“Quando o assunto é investimento, é importante entender que não há ganhos milagrosos. É importante manter a disciplina e o realismo nos objetivos para construir um patrimônio consistente e para realizar sonhos”, diz Paula Bazzo, educadora financeira da SuperRico.
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6 – Cuidado com a folia! (de produtos financeiros)
Pense quantas festas boas acontecem no carnaval simultaneamente. Infelizmente, não é possível estar em todas as que você gostaria, visto que você é um só. Pensar em como está lá no outro rolê e não se divertir com as pessoas e no rolê que escolheu te impedirá de viver as duas escolhas por completo.
“Com nossos investimentos, também temos uma restrição: nossos recursos são limitados . Não dá para procurar sempre o melhor investimento e carregar um sentimento de que foi deixado para atrás em outros tantos. Identifique seus objetivos, entenda seu perfil e os caminhos adequados para alcançá-lo. Opte, sempre, sabendo que a vida é feita de escolhas e recursos escassos”, aconselha Bazzo.
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