Quanto juntar por mês para fazer uma viagem internacional daqui 1 ano ou 2 anos?

Fazer uma viagem internacional é o sonho de muitos brasileiros, e não é barato. Mas com planejamento, pode ficar um pouco mais fácil e caber no bolso.

Para quem não tem uma renda alta, ter disciplina para guardar dinheiro todos os meses é o primeiro passo do planejamento financeiro. Quanto maior o valor guardado, mais rápido a meta será atingida.

A pedido do site IstoÉ Dinheiro, o especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital Josias Bento, preparou simulações para mostrar quanto é preciso juntar por mês para fazer uma viagem para o exterior daqui 1 ano ou 2 anos.

A quantidade de dinheiro necessária para uma viagem varia de acordo com destino, duração e passeios desejados. Na simulação abaixo, o especialista calculou quanto guardar para obter R$ 15 mil em 12 meses ou em 24 meses. Com essa quantia, é possível visitar hoje alguns dos principais destinos da América Latina e dos Estados Unidos.

Onde investir para conseguir fazer a viagem dos sonhos?

Quanto juntar por mês para ter R$ 15 mil em 12 meses:

• R$ 1.197,00 por mês em Tesouro Prefixado 2027, com taxa de 12,74% a.a bruto
• R$ 1.189,00 por mês em CDB 110% do CDI
• R$ 1.169,00 por mês no FII RZAk11, considerando uma dividend yield de 1,2% a.m

Quanto juntar por mês para ter R$ 15 mil em 24 meses:

• R$ 570,00 por mês em Tesouro Prefixado 2027, com taxa de 12,74% a.a bruto
• R$ 562,00 por mês em CDB 110% do CDI
• R$ 540,00 por mês no FII RZAk11, considerando uma dividend yield de 1,2% a.m

Entenda os investimentos

O Tesouro Prefixado é uma das modalidades de títulos do Tesouro Direto que, como o nome indica, tem um rendimento fixo informado no momento da aplicação.

Já o CDB é um título que funciona como um empréstimo para bancos: você entrega o dinheiro e recebe de volta após um tempo já estabelecido, com uma remuneração combinada. Para este cálculo, Bento sugere um CDB com rendimento de 110% do CDI, uma taxa que costuma ter rendimento próximo à Selic, atualmente em 10,75% ao ano.

O RZAk11 é um exemplo de fundo imobiliário (FII) “de papel”, ou seja, ele investe em outros ativos financeiros atrelados ao mercado imobiliário, e não em imóveis em si. Bento destaca que os cálculos do FII consideram que você reinvista os dividendos recebidos, e que eles sejam pagos na faixa de 1,2% ao mês.

É importante lembrar que os fundos imobiliários variam os valores das cotas.  Assim, esta é a opção que envolve mais riscos. O cálculo apresentado aqui considera que a variação seja pequena até o momento da viagem

Todas essas aplicações podem ser acessadas através de um banco ou corretora de investimentos. 

+ Dólar e viagem: quais as melhores maneiras de comprar a moeda para o turismo?

Dicas para economizar

Segundo a consultora de investimentos e educadora financeira Carol Stange, o primeiro passo é organizar as finanças pessoais. “Não adianta sair viajando se a pessoa tem dívidas”, diz. “Porque na volta os boletos esperam.”

Ela destaca também a importância de ter uma reserva financeira para emergências, que corresponda a pelo menos três meses dos seus gastos mensais. “Não adianta guardar dinheiro para viajar, sendo que se acontecer algum imprevisto, você vai precisar gastar”, diz.

Com as finanças organizadas, chega enfim a hora de planejar a viagem e pesquisar o destino e as opções de hospedagem e passeios. Compras com alguns meses de antecedência também costumam ser mais vantajosas financeiramente.

Sobre a discussão entre comprar um pacote de viagem ou fazer as reservas sozinho, Stange diz que a conta não deve levar em conta só valor do orçamento. Viagens por agências costuma ser mais caras, mas economizam tempo e também trazem facilidades para quem tem limitações com outro idioma.

A especialista recomenda também ter um cronograma dos passeios a serem feitos todos os dias para não perder seu “poder de escolha”. “A partir do momento que a pessoa perde o poder de escolha, ela fica refém do que tem de opção.” Os gastos simples podem, assim, ficar bem mais caros.

Outra dica é ter uma verba máxima para gastar a cada dia. “É mais fácil de administrar do que uma verba para viagem inteira”, diz Stange. “Lembrando que verba não é meta. Se no final do dia eu não gastei, eu não preciso fazer um esforço extra pra gastar.”

Por fim, ela recomenda aproveitar o processo de sonhar com a viagem. “O planejamento não deixa de ser parte de tudo que você vai viver, então já é gostoso.”

Para conhecer mais sobre finanças pessoais e investimentos, confira os conteúdos gratuitos na Plataforma de Cursos da B3. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor.