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Camilla de Lucas dá dicas de finanças e planejamento: “Não quero passar por apertos de novo”

Depois do BBB, Camilla de Lucas já multiplicou o valor do prêmio e, desde então, vem construindo um patrimônio financeiro

Camilla de Lucas dá dicas de finanças e planejamento. Foto: B3/Divulgação
Camilla de Lucas dá dicas de finanças e planejamento. Foto: B3/Divulgação

Antes de participar do Big Brother Brasil (BBB) de 2021, Camilla de Lucas já era conhecida na internet. Depois do reality show, tudo mudou na sua vida, principalmente sua relação com o dinheiro. No primeiro mês fora do BBB, ela multiplicou os R$ 150 mil que ganhou pelo segundo lugar na competição e, desde então, tem construído um patrimônio financeiro com planejamento.

Com menos de 30 anos, ela já desfilou na São Paulo Fashion Week, fez filme na Netflix e conta com milhões de seguidores nas redes sociais. Nesta entrevista ao B3 Convida, Camilla traz dicas de finanças, planejamento e conta como lida com os gastos.

O que mudou na sua vida depois do BBB?

“Ganhei dinheiro. Uma das grandes características do programa era que a vida financeira mudava, com muitos cases de sucesso e imaginei que seria uma grande oportunidade para promover o meu trabalho. Porque ganhar de 20 pessoas dentro de uma casa e conquistar o público aqui fora não é fácil. Eu tenho meu jeitinho, não sei se o povo vai gostar de mim. Mas eu acho que vale a pena arriscar para as pessoas conhecerem o meu trabalho. Então, a partir do BBB, o meu trabalho aumentou. De maio a dezembro, eu fechei com 96 marcas. O que mudou foi que as oportunidades surgiram de uma forma imensurável.”

Alugar ou comprar um imóvel?

“Antes de eu ir para o BBB, eu morava em um apartamento que o aluguel era R$ 1.400, no centro da minha cidade, que é bem tranquila. O condomínio também era barato, [o apartamento] era de três quartos e eu vivia sozinha. Era perfeito. O apartamento era semi mobiliado, tinha geladeira, lava e seca, cama, sofá. Quando voltei do programa, voltei para minha casa. Minha energia ainda era Rio de Janeiro, então se eu precisasse vir para São Paulo, viria a trabalho. Mas eu fiquei naquela dúvida: alugar ou comprar? Vai no YouTube e vê várias entrevistas, mas eu fui analisar o meu cenário. Fui fazer meu pé de meia e depois ia pensar em comprar meu imóvel”, afirmou Camilla no podcast.

Pés no chão

“Eu sou muito consciente porque não quero passar pelo mesmo aperto que já passei antes. Acho que a minha calma e tranquilidade vêm daí. O que me faz colocar os pés no chão é não viver de aparências, porque, na internet, é um mundo de ostentação. Eu quis comprar a casa porque se tudo acabar um dia, eu vou ter um lugar. Se também acabar, eu vendo a casa e volto para o apartamento menor e ainda sobra um dinheiro. Por isso, precisa ter calma para comprar com segurança.”

Como foi a escolha pela casa?

“Fui visitar alguns condomínios para alugar e também para comprar no Rio de Janeiro. Então, decidi comprar uma casa em 2021, que era aquele momento de pandemia em que várias pessoas estavam vendendo imóveis, e eu vi que tinha uma boa oportunidade de compra. Comprei a casa por um valor muito abaixo, por exemplo, hoje minha casa vale duas vezes mais o valor que eu comprei, porque reformei a casa do zero, já tinha um potencial, mas eu queria deixar do meu jeito. A região é a que tem o melhor clube, cabeleireiro, mercadinho, barbearia, quadra de tênis, é uma mega estrutura, as pessoas não precisam sair para fazer nada. Isso valoriza o imóvel, então, vale a pena o investimento. Outra análise que eu fiz foi chegar em casa, eu fiz a proposta e já tinham vendido a casa. Eu vi que tinha uma procura muito alta. Se eu colocar minha casa para vender, eu consigo vender.” 

Como tomar a melhor decisão sem impulso?

“Assim que eu saí do programa, eu já recebia muita coisa em casa e sentia a necessidade de procurar um lugar maior. Eu morava em Nova Iguaçu e trabalhava na Barra, então eu demorava uma hora no trânsito. Vou me mudar para mais perto de onde eu tenho trabalhado. Vou ver alguns imóveis para alugar ou comprar. Eu consegui fazer um dinheiro equivalente ao valor para comprar a casa, ao valor para ter a reforma e uma segurança que eu precisava ter para mim. Tendo o capital, eu já tinha um poder de escolha maior. Se eu não tivesse, minha meta seria continuar a juntar.”

‘Quem guarda sempre tem’

“Comprar imóvel é uma decisão muito séria, comprar carro também. Meu pai quis comprar um apartamento e eu perguntei se ele tinha certeza, se tinha o valor suficiente para a compra e a reforma, e ainda perguntei mais cinco vezes para ter certeza. Assim como meu irmão, que quis trocar de carro, e questionei se ele tinha dinheiro suficiente para a compra, para a manutenção, para o IPVA e para o seguro. Então, tem que pensar em todas as questões. Eu sou muito organizada com dinheiro. Eu já passei por situações na minha vida que dei muito valor para cada centavo que eu ganhava. Porque sempre foi muito suado. Eu nunca fui muito de gastar. Eu e meu irmão sempre brincávamos: ‘Quem guarda sempre tem!’. Não deixo de usufruir, porque eu trabalho, então, eu mereço e venho trabalhando comigo mesma de que eu preciso me permitir a viver algumas experiências, como viajar ou comprar uma roupa que eu queira muito”.

Confira a entrevista completa com Camilla de Lucas:

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