Organizar as contas

Os vilões da conta de luz: como identificá-los e reduzir o consumo de energia em casa

Confira os itens de casa que mais comprometem a sua conta de luz no final do mês

A conta de luz é uma das principais preocupações nas finanças de muitas famílias. Com o aumento constante das tarifas, entender quais aparelhos e hábitos consomem mais energia pode ser a chave para uma economia significativa.

Desde o dia 1º de outubro, a conta de energia elétrica ficou mais cara com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2. O estágio tarifário é o mais alto do sistema da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com a medida, o preço para cada 100 quilowatts-hora consumidos passa de R$ 4,463 para R$ 7,877.

7 vilões da conta de luz 

1. Ar condicionado

O ar-condicionado está no topo da lista dos vilões, especialmente em períodos de calor intenso. “Um ar-condicionado pode representar até 40% do consumo de energia em uma residência”, alerta Thalita Moschini, coordenadora do curso de Engenharia Elétrica da Faculdade Anhanguera

Para mitigar esse gasto, ela sugere manter o aparelho em 23°C e utilizar ventiladores para auxiliar na circulação do ar. Além disso, a manutenção regular do equipamento é fundamental para garantir eficiência.

2. Aquecedor de água

Outro grande consumidor é o aquecedor de água, que pode ser responsável por até 25% do consumo, especialmente em regiões mais frias. “Optar por aquecedores a gás ou sistemas de aquecimento solar não apenas ajuda a reduzir a conta de luz, mas também é uma escolha mais sustentável”, recomenda a professora.

3. Geladeira

A geladeira, um item indispensável na cozinha, também pesa na conta. Segundo Thalita, “ela consome entre 10% e 20% da energia total”. Para otimizar seu uso, é essencial manter a temperatura entre 3°C e 5°C e verificar a vedação das portas. Além disso, “descongelar o freezer regularmente melhora a eficiência do aparelho”, enfatiza.

4. Iluminação

Quando se trata de iluminação, a professora alerta que esse fator pode representar cerca de 15% do total da conta. Trocar lâmpadas incandescentes por LED é uma solução simples e eficaz, de acordo com ela, uma vez que as lâmpadas de LED consomem até 80% menos energia e têm uma vida útil muito maior.

5. Eletrônicos

Os equipamentos eletrônicos, como televisores e computadores, também são responsáveis por uma parte significativa do consumo. “Equipamentos em standby continuam consumindo energia, e uma televisão pode consumir até 10% da conta de luz”, afirma. Para economizar, a professora recomenda desligar completamente os dispositivos quando não estiverem em uso.

6. Máquina de lavar

As máquinas de lavar roupas e secadores também figuram entre os culpados, consumindo entre 5% a 10% do total da conta. Thalita aconselha usar a máquina de lavar com carga cheia e optar por secar roupas ao ar livre sempre que possível. 

7. Fogão

Outro vilão é o fogão elétrico. “Esse aparelho pode representar até 6% do consumo total de energia”, alerta a coordenadora. Ela sugere usar panelas de fundo plano que se ajustem bem às bocas do fogão e manter a tampa durante o cozimento para economizar.

Boas práticas para economizar na conta de luz

Além de identificar os vilões do consumo, adotar boas práticas é essencial na hora de pensar em economizar na conta de luz. “Educação e conscientização são essenciais. Todos na casa devem estar envolvidos na economia de energia”, afirma.

Por fim, Thalita recomenda o uso da tecnologia inverter. Essa inovação está no sistema: enquanto o compressor do aparelho convencional liga e desliga durante o funcionamento, o compressor do que tem a tecnologia inverter nunca desliga completamente.

“Essa é uma grande aliada na redução da conta de luz, proporcionando até 80% mais eficiência energética. Isso ocorre porque seu funcionamento contínuo evita oscilações que geram picos de energia. Além da eficiência, essa tecnologia pode oferecer uma economia de até 40% em comparação com aparelhos convencionais novos. Em relação a equipamentos antigos, a economia pode variar entre 60% e 70%. Embora o custo inicial seja mais alto, o retorno do investimento é rápido devido à eficiência energética oferecida”, finaliza.

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