Organizar as contas

Parcelar ou pagar o mínimo: qual a alternativa menos pior para cartão de crédito?

Saiba a melhor opção para não se atrapalhar ainda mais com o cartão de crédito, e cuidados a se tomar com ele

O cartão de crédito virou algo comum nas carteiras dos consumidores, muitas vezes substituindo o dinheiro vivo. Porém, o que pode ser uma facilidade também pode se transformar em dor de cabeça.

Segundo uma recente Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), 77,9% das famílias brasileiras estavam com dívidas em 2022. Desse percentual, as dívidas com cartão de crédito representaram 86,6% do total, a maior entre as as concessoras de crédito.

Segundo Felippe Alves Ventura Neto, especialista em Negócios do Ailos, muitas pessoas acabam tendo descontrole por falta de educação financeira, pois entendem que, além do salário, ela ainda possui o limite do cartão, quando na verdade não funciona dessa maneira. 

“Muitos cartões podem ser um ponto de atenção para aqueles que não têm muito controle financeiro. E acabam não tendo uma gestão de consumo dos limites”, afirma.

Não consegui pagar a conta do cartão de crédito. O que fazer?

Para aqueles que já caíram no erro e gastaram mais do que poderiam pagar dentro do orçamento do mês, há algumas opções. Segundo o especialista do Ailos, os que não pagam a fatura por algum imprevisto, mas conseguem se organizar para o acerto no mês seguinte, a orientação é pagar pelo menos o mínimo da fatura.

“Contudo, caso você veja que o valor está muito acima da capacidade de pagamento, você tem duas opções: fazer o parcelamento diretamente na fatura ou tomar um crédito pessoal em conta corrente para fazer a liquidação total, podendo inclusive reduzir o limite do cartão para uma melhor organização”, diz.

5 cuidados para evitar dívidas com cartão

A educação financeira e o cuidado prévio são os melhores amigos do orçamento. Por isso, Neto listou cinco cuidados que devemos tomar para evitar problemas com o pagamento do cartão de crédito:

  • Priorize suas despesas fixas e sua reserva de emergência, para só depois dimensionar o quanto você pode gastar no seu cartão;
  • Cuidado com parcelamentos altos e de longo prazo. Parcelar é sempre bom, quando você não possui o valor inteiro do que comprou, mas é preciso controle para não comprometer sua renda por inteiro;
  • Utilize o app para acompanhamento da evolução da fatura do cartão;
  • Centralize a utilização em um único cartão;
  • Conheça os benefícios do cartão para poder tirar proveito deles e abater nas contas.

Além disso, outro ponto importante, é ter sempre uma reserva para eventuais emergências, que podem ocorrer com o próprio cartão. Confira como montar a sua!

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