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Reserva de emergência: o que é e como montar a sua?

Siga esses cinco passos para dar mais tranquilidade à sua vida financeira

Boneco caminhando até uma bóia com moedas
Boia e dinheiro: Tesouro Selic é o mais indicado para a reserva de emergência, mas existem diversas formas de investir no título. Foto: Adobe Stock

Imprevistos acontecem na vida de todos, não há como evitar. Agora, financeiramente, há uma maneira de lidar com eles de forma mais tranquila e equilibrada, sem grandes prejuízos. Essa maneira se chama reserva de emergência e ela tem que ser construída aos poucos, com calma e cautela.

Reserva de emergência nada mais é do que a quantia de segurança guardada ao longo de um tempo para cobrir despesas fixas em caso de situações inesperadas. Para quem investe, ela é indispensável, já que vários especialistas afirmam que não se deve começar a investir sem antes ter uma reserva.

Confira a seguir cinco tópicos para entender o que é e como montar a sua reserva de emergência.

O que é a reserva de emergência?

Como o próprio nome já diz, a reserva de emergência é uma proteção em caso de imprevistos, como a perda do emprego ou uma despesa inesperada. A regra geral para sua composição é que cubra um período de seis meses.

Entretanto, a educadora e consultora financeira Carol Stange afirma que o período varia de acordo com cada caso; segundo ela, “no caso de um pessoa com dependentes ou envolvida no financiamento de imóvel ou carro, a reserva deve cobrir um tempo maior, podendo chegar a doze ou dezoito meses. Já no caso de uma pessoa jovem, que ainda mora com os pais, o tempo da reserva pode ser inferior a seis meses.”

Stange frisa que o cálculo da reserva de emergência deve levar em conta as despesas de um certo período e não as receitas.

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Qual é o melhor investimento para a reserva de emergência?

Para a reserva de emergência não existe um investimento ideal. Porém, o mais adequado seria pensar em opções que tragam boa liquidez e segurança.

Por isso, é comum que a reserva de emergência seja montada a partir de investimentos no Tesouro Selic, CDB e Fundos DI.

“Esses são títulos de renda fixa e com poucos riscos. A liquidez quase imediata também é muito importante para a reserva de emergência, já que nesse caso é interessante que se tenha o dinheiro com rapidez” explica Stange.

O resgate do Tesouro Selic é feito em um dia útil. Já os Fundos DI e CDBs também possuem liquidez com prazo de um dia, mas outras modalidades têm datas mais longas de resgate. Portanto, é fundamental pesquisar antes de investir.

Quando usar a reserva de emergência?

Ter uma reserva não é uma proteção somente em casos emergenciais.

“Ela também é uma reserva de oportunidades. Por exemplo, é possível extrair uma quantia economizada para ajudar nos custos de uma viagem. Ou então, usar parte da reserva para não contrair uma dívida. Em casos como esses, o mais importante é nunca usar todo o dinheiro, mas só uma parte”, pondera Stange.

Segundo a educadora financeira, o ideal é sempre dedicar 10% das receitas aos investimentos, entre eles, a reserva de emergência.

“Se não houver dívidas, alocar o décimo terceiro ou parte dele numa reserva de emergência pode ser uma boa escolha”, avalia Stange.

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Poupança conta como reserva de emergência?

Apesar do baixo rendimento da poupança, Stange avalia que optar por ela pode ser uma boa escolha na hora de montar uma reserva de emergência.

“A poupança oferece vantagens, sobretudo, aos investidores iniciantes. Apesar de não render tanto quanto o Tesouro Selic ou o CDB, possui liquidez imediata e não tem cobrança de Imposto de Renda.”

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De acordo com a educadora financeira, a poupança pode ser indicada a objetivos de curto prazo, ou seja, quando se sabe que parte da reserva de emergência será usada em dois em três meses. Já os outros títulos citados, como Tesouro Selic e CDB, podem funcionar melhor para períodos de médio e longo prazo.

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