Recebeu uma ligação do banco e não sabe se é golpe? Na dúvida, não dê informações
Especialistas em cibersegurança dão dicas de como não cair em golpes e alertam: o lado humano é o mais frágil
Os ataques feitos usando a chamada engenharia social têm aumentado no Brasil e em toda a América Latina.
Atualmente, um terço de todos os casos de fraude é desse tipo, segundo levantamento da empresa BioCatch, uma empresa especializada em biometria comportamental e que tem como clientes grandes instituições financeiras globais como HSBC, American Express, Barclays, Banco Safra e Itaú.
São aqueles roubos feitos com o auxílio da tecnologia, mas em que o fraudador usa as informações fornecidas pelo próprio usuário em uma ligação falsa, por exemplo. Os criminosos usam várias táticas para enganar as vítimas e fazer com que elas revelem senhas ou códigos de segurança. Eles podem fingir que são funcionários do banco ou agentes de atendimento ao cliente para obter informações confidenciais.
E o pior é que essas fraudes têm ficado cada vez mais sofisticadas. Se uma década atrás a ligação vinha de um orelhão, hoje os números que aparecem no celular de quem recebe o telefonema têm o prefixo 0800. Outra tática é usar golpes de voz para enganar as vítimas.
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O comportamento no centro das atenções
“O elo mais frágil na situação continua sendo o usuário. Junto com a tecnologia para prevenção, é importante investir em educação e conscientização do público”, afirma Bastian Flores, consultor de análise de ameaças da BioCatch.
“O principal desafio é que os fraudadores estão mais ágeis, e precisamos desenvolver as ferramentas para lidar com a escala e complexidade cada vez maior”, complementa Arnaldo Thomaz Neto, country manager da BioCatch no Brasil.
A principal dica para escapar de fraudes é: se desconfiar, não compartilhe nenhum dado. “As pessoas serão atacadas em algum momento. Um sinal para ficar de olho é que normalmente, os fraudadores pedem alguma informação, ou pedem para que você faça uma ligação e te dizem o número. Os bancos também costumam enviar mensagens falando sobre compras, mas normalmente, são mais informativos e não te pedem uma informação específica,” diz Flores.
O relatório da Biocatch traz algumas dicas para evitar cair em fraudes. Confira
– Não anote PINs e senhas em seu celular, nem utilize a uma senha que é usada para outra função no telefone, como para desbloquear a tela.
– Entre em contato diretamente com seu banco caso suspeite de alguma fraude ou se tiver dúvidas de segurança. Busque o número oficial da instituição financeira, e não ligue para números suspeitos que potenciais golpistas tenham enviado por mensagem ou e-mail.
– Se seu celular tiver essa função, use identificação facial ou por impressão digital, que tendem a ser mais seguras do que a senha.
– Habilite a autenticação de dois ou três fatores em todos os aplicativos financeiros.
– Tem mais de um aplicativo bancário ou que tenha dados sobre sua vida financeira? Use senhas e PINs diferentes em cada um deles.
– Monitore suas contas e verifique regularmente os extratos bancários. Configurar alertas para as transações é outra sugestão.
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