Retrospectiva financeira: como fazer um balanço das suas finanças no ano
Fazer um balanço das finanças pessoais no ano traz diagnósticos importantes para a saúde financeira no próximo ciclo
O fim do ano chegou e a hora de fazer as retrospectivas e balanços do que aconteceu também. Vale para saúde, relacionamentos, âmbito profissional… e também para a vida financeira. O fechamento de um ciclo é tempo propício para avaliar suas finanças, entender o que deu certo e o que não deu e começar a planejar o próximo ano.
“O balanço financeiro nada mais é do que uma lista de todas as entradas e saídas, o que aconteceu, como entrei e como saí financeiramente do ano de 2023”, afirma Larissa Frias, planejadora financeira do C6 Bank.
Para Frias, essa retrospectiva é importante para que a pessoa tenha um resumo do que aconteceu e de como ela pode eventualmente mudar daqui para frente. É uma forma de entender o comportamento dela mesma em relação às finanças, com que tem gastado mais, por exemplo, ou se tem conseguido poupar dinheiro.
Como fazer o balanço financeiro do ano?
Como dito, o balanço financeiro nada mais é do que a lista dos gastos e ganhos do ano. Para isso, Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças, aconselha começar com uma lista de todas as suas despesas e compromissos financeiros um a um sem se importar em avaliar todos os gastos.
Depois disso, classifique cada uma das despesas como obrigatória e não obrigatória para, aí sim, analisar os itens, especialmente os não obrigatórios que podem ter o valor ajustado e/ou cortados.
A planejadora financeira do C6 Bank ainda aconselha que essa lista seja feita de várias formas, desde a maneira mais simples e tradicional, com um caderno, papel e caneta, até com planilhas mais elaboradas. “O importante é que a pessoa seja o mais fiel e detalhista possível”.
O que deve ser avaliado nas finanças?
Para Glaciano, para considerar as finanças pessoais de alguém como saudável é essencial ter em mente que não é possível que as despesas excedam 70% da receita.
“Também é importante anualizar o valor das suas despesas e projetar o seu fluxo mensal para o próximo ano e leve em consideração as despesas que são anuais como impostos, seguros, entre outros, já designando um pote de acumulação para elas”.
Já Frias aponta que, se o dinheiro está faltando, é necessário fazer um plano de ação. Com o balanço feito é possível ter mais clareza sobre quais são os principais gastos e onde seria possível cortar. Mas, se está sobrando dinheiro, a ideia é pensar: o que está sendo feito com esse excedente?
“Faça esse diagnóstico e ponha no papel seus objetivos por prioridade. Esse cruzamento entre os dados do comportamento como consumidor e o que se tem de objetivo para os próximos anos é crucial para que qualquer pessoa consiga planejar o ano de uma forma mais tranquila, mais organizada.
Dicas para controle de finanças
De acordo com a planejadora financeira, quando se faz um acompanhamento mensal das finanças, torna-se muito mais fácil fazer e avaliar esse balanço no final do ano.
Ela ainda alerta que o principal erro cometido é quando a pessoa acha que o planejamento precisa ser feito apenas uma vez no ano. “Não é assim que funciona. O planejamento, o acompanhamento, tem que ser contínuo”.
“O ideal é que esse planejamento seja mensal, já que a maioria das pessoas hoje recebe renda mensalmente ou em uma periodicidade que seja adequada para o fluxo de recebimento daquela pessoa. O importante é que esse planejamento seja contínuo, que a pessoa crie esse hábito de acompanhar as suas entradas e saídas dentro de uma tabela, uma planilha”, aponta.
Para o próximo ano, a especialista em finanças destaca que o principal ponto é anualizar os valores projetados das suas despesas e receitas já que o balanço dá uma visão clara da provisão de entradas e o custo médio das suas despesas.
“Desta forma, projete sua acumulação mensal não apenas para as contas do mês, mas para a projeção do seu custo anual. Para os pagamentos anuais, acumule mês a mês 1/12 avos do valor. Desta forma é possível provisionar o pagamento e evitar uma possível necessidade de tomada de crédito”, completa.
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