Organizar as contas

Streamings reajustam preços no país; saiba como se prevenir de gastos silenciosos

Preços de serviços de áudio e vídeo 'on demand' registram alta nos preços. Educadora financeira ensina a economizar e evitar impactos desses gastos no orçamento

Quantos serviços de streaming de música e vídeo você assina? Quando foi a última vez que você conferiu o valor deles? Quem pensou muito para responder uma dessas perguntas precisar dar uma conferida na fatura do cartão de crédito.

É que desde o fim do ano passado diversas mensalidades dos serviços ‘on demand’ foram reajustadas no país. O mais recente aumento foi do Spotify, que elevou a sua assinatura individual de R$ 19,90 para R$ 21,90. A Amazon Prime, Disney+ e HBO Max também aumentaram seus preços. (ver mais abaixo). 

Essas assinaturas muitas vezes podem parecer despesas pequenas dentro do orçamento. No entanto, a educadora financeira, Simone Sgarbi, afirma que esses gastos silenciosos podem prejudicar o bom andamento das contas.

“É preciso se autoconhecer e saber quantas assinaturas o seu tempo livre pode comportar. Recomendo colocar os streamings no planejamento financeiro, ou seja, na ponta do lápis, e observar se não afetam outra conta a pagar ou um investimento que você quer fazer”.

Reajustes dos streamings em 2023

Além de aumentar os preços de sua assinatura individual, o Spotify também reajustou os preços do seu plano Duo, em que a conta pode ser usada por até dois usuários. O valor subiu de R$ 24,90 para R$ 27,90 ao mês. O plano Universitário subiu de R$ 9,90 para R$ 11,90 mensais. Já o Família, que comporta até seis contas, segue com o preço de R$ 34,90 por mês.

A Amazon subiu em maio o valor da sua assinatura ‘Prime’ de R$ 9,90 para R$ 14,90 por mês. Nesse plano, além do serviço do streaming de vídeo (Amazon Prime) e de músicas (Amazon Music), o usuário não paga frete no e-commerce da big tech.

O pioneiro dos reajustes neste ano foi o Disney+, que viu sua mensalidade escalar para R$ 33,90, ante R$ 27,90. A assinatura do serviço Star+, também do grupo Disney, aumentou de R$ 32,90 para R$ 40,90.

De olho no cartão de crédito

Para assinar os serviços ‘on demand’, os consumidores precisam cadastrar um cartão de crédito na plataforma. É através dele, de forma automática, que a cobrança é realizada mensalmente.    

A educadora financeira alerta que é preciso conferir frequentemente a fatura do cartão de crédito para evitar aquele susto no fim do mês. Afinal, após um reajuste do streaming aqui, uma comprinha no impulso ali, a conta estoura.

“Os pequenos reajustes podem ajudar a fatura do cartão a virar uma bola de neve. É um aumento de R$ 10, depois de R$ 15, quando vê virou R$ 50. A pessoa que se atrapalha com o cartão de crédito não confere a fatura”.

As assinaturas chamadas de recorrentes são apontadas por especialistas em finanças como um perigo. Seja os serviços ‘on demand’, uma revista semanal, o joguinho no celular ou até aquele ‘pay-per-view’ que compramos na empolgação do churrasco com os amigos.

“Podemos citar outros exemplos também como a tarifa bancária, cobrada por um serviço que a pessoa não usa, e a anuidade de cartões de crédito. É fato: quem não conhece os seus gastos, não tem como administrá-los”, alerta Sgarbi.

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Assinatura anual ou semestral ajuda a economizar?

Depende! Para os brasileiros que conseguem se planejar durante o ano, é possível reduzir gastos preferindo assinaturas mais longas de streamings, que são mais em conta.

É necessário, entretanto, que o consumidor saiba se vai utilizar tanto aquele serviço para se comprometer a pagá-lo por bastante tempo.  

“Quem for planejar uma assinatura anual do streaming deve considerar também outras contas. Não esqueça de incluir os gastos que aparecem apenas algumas vezes do ano, como aniversário, Dia das Mães e Páscoa”, afirma a educadora.

Ficar de olho nas promoções de streamings para novos clientes também é uma dica preciosa para economizar. “Para equilibrar o orçamento, a dica também é assistir um serviço por vez. Ficar três meses em uma plataforma e depois mudar para outra”.

Outros reajustes que ocorreram no ano passado

Em 2022, outros seis serviços de streaming tiveram reajustes de preços nos planos mensais. São eles:

YouTube

Plano familiar (cinco acessos): R$ 31,90 para R$ 34,90 mensais

Deezer (plataforma de streaming de músicas)

Premium individual: R$ 19,90 para R$ 22,90 mensais

Plano família (até seis usuários):R$ 26,90 para R$ 39,90 ao mês

Plano Estudantes: R$ 8,45 para R$ 10,90 por mês

Netflix

Básico: R$ 21,90 para R$ 25,90.

Padrão (melhor resolução): R$ 32,90 para R$ 39,90

Premium (resolução 4K): R$ 45,90 para R$ 55,90

Apple

TV+: R$ 9,90 para R$ 14,90

TV+ (estudantes: mantido em R$ 11,90

Music Individual: R$ 16,90 para R$ 21,90

Music Familiar (seis contas): R$ 24,90 para R$ 34,90

HBO Max

R$ 27,90 para R$ 34,90

Globoplay

Básico: R$ 22,90 para R$ 24,90

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