Vai viajar de avião? Veja 10 dicas para cuidar de suas finanças

As férias escolares de julho são um momento esperado pelos estudantes e pelas famílias. Para aqueles que irão viajar de avião, algumas dicas podem ser úteis para não deixar o orçamento sair do controle, além do planejamento usual. Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças, apontou 10 dicas para garantir um passeio tranquilo e seguro financeiramente. Confira!

Dicas para economizar e não ter dor de cabeça ao viajar de avião

Planejamento e compra com antecedência 

Para economizar em passagens aéreas nas férias de julho, é fundamental planejar e comprar os bilhetes com antecedência. Segundo Glaciano, as tarifas costumam ser mais baixas se adquiridas pelo menos dois meses antes da data de embarque. 

“Utilize ferramentas de comparação de preços e alertas de tarifas para monitorar promoções e escolher o momento ideal para a compra. Além disso, considere voar em dias e horários menos populares, como durante a semana ou em voos noturnos, pois esses voos tendem a ser mais baratos”.

Otimização de bagagens

Outro ponto é otimizar os custos relacionados à bagagem. Muitas companhias aéreas cobram taxas extras por bagagem despachada, então viajar apenas com bagagem de mão pode resultar em uma economia significativa. 

Alimentação

Para aqueles que irão fazer viagens mais longas, ou por algum motivo vão ficar mais tempo no aeroporto, pensar na alimentação pode ser um ponto importante. Leve lanches e garrafas de água vazias para serem preenchidas após a segurança do aeroporto, evitando compras caras.

Milhas e programas de benefícios

Aproveitar programas de milhagem e cartões de crédito que oferecem pontos e benefícios para viajantes frequentes pode reduzir ainda mais os custos totais da viagem.

Outras dicas financeiras para sua viagem

Para garantir uma viagem economicamente segura, é essencial tomar algumas precauções financeiras e organizar tudo com antecedência. Veja mais!

Cuidados bancários

Primeiramente, de acordo com o planejador, informe seu banco sobre suas datas e destinos de viagem para evitar que transações sejam bloqueadas por suspeita de fraude.

Dinheiro em espécie para viajar

Outra dica apontada é levar consigo uma quantia moderada de dinheiro em espécie. Prefira cartões de crédito e débito internacionais, que oferecem maior segurança e melhores taxas de câmbio.

Documentação

É aconselhável também ter uma cópia digital e física de seus documentos importantes, como passaporte, vistos e apólices de seguro, armazenados em local seguro.

Seguro Viagem

Contratar um seguro viagem que cubra emergências médicas, perda de bagagem e cancelamento de voos pode garantir proteção contra imprevistos e gastos inesperados.

“O seguro viagem não é apenas um item adicional para suas férias, é uma necessidade. É preciso estar protegido em qualquer lugar do mundo, por isso, viajar sem seguro é um risco que pode trazer grandes prejuízos”, afirma Luiz Gustavo da Costa, CEO da Coris.

Cuidado com saques em dinheiro

Glaciano ainda deixa o alerta para evitar usar caixas eletrônicos em locais pouco movimentados. “Prefira os que estão dentro de bancos ou locais comerciais seguros. Monitore seus extratos bancários regularmente para identificar qualquer atividade suspeita rapidamente”.

Orçamento e despesas da viagem

Por fim, estabeleça um orçamento diário para suas despesas e siga-o rigorosamente, evitando gastos impulsivos que possam comprometer seu planejamento financeiro.

Problemas com voos? Saiba o que fazer

Ninguém deseja ter problemas com voos, mas é importante saber o que fazer em casos de imprevistos. A AirHelp, companhia que atua na defesa dos direitos dos passageiros de companhias aéreas, lançou um manual com as principais informações e regulamentações aos passageiros transportados por companhias aéreas no Brasil e no mundo.

“Temos estudos que mostram que cerca de 85% das pessoas não conhecem seus direitos ao viajarem de avião. O material detalha as principais regulamentações nacionais e mundiais, respondendo e auxiliando os principais questionamentos dos passageiros”, explica Luciano Barreto, diretor-geral da AirHelp no Brasil. 

O procedimento padrão em casos de atrasos ou cancelamentos de voos, independentemente do lugar, é reunir as informações e guardar o cartão de embarque e todos os documentos da viagem. 

O passageiro também deve tirar fotos, guardar SMS e e-mails, além de cópias de todas as informações da companhia aérea sobre o problema, juntar os recibos e anotar o horário de chegada ao seu destino.  

Caso opte por recusar o voo alternativo oferecido pela companhia, o consumidor tem direito a reembolso completo da passagem e de gastos decorrentes do atraso ou cancelamento, como alimentação, acomodação ou substituição de bagagem perdida.  

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Regulação pelo mundo 

No geral, as regras descritas no Guia para cada região (Arábia Saudita, Brasil, China, Índia, União Europeia, Reino Unido, Turquia, Canadá e Estados Unidos) se aplicam aos voos partindo dos locais ou que circulam em seus territórios, com algumas exceções. 

Além disso, a Convenção de Montreal, de 1999, estabelece a cobertura dos voos entre os 130 países signatários pelas regras, como a validade dos bilhetes mesmo após o overbooking e os valores de indenização de US$ 7 mil para atrasos e cancelamentos e US$ 1,7 mil para problemas de bagagem. 

Indenização e reembolso: entenda as diferenças 

Ao reivindicar os direitos, é muito importante que o passageiro entenda a diferença entre indenização e reembolso. O reembolso ocorre quando a companhia não pode realizar o voo por cancelamento ou reagendamento e o passageiro prefere não embarcar em um voo alternativo. Este pedido pode ser feito diretamente com a empresa.  

Já a indenização é realizada pela companhia aérea como uma reparação após inconvenientes como atrasos, cancelamentos ou problemas com bagagens. Os valores variam de acordo com a região. 

No Brasil o valor é definido na justiça, enquanto na Europa, por exemplo, as indenizações têm um teto de € 600.

Direitos relacionados à bagagem 

O atraso, danos materiais ou perdas de bagagens geram diversos transtornos aos consumidores. Existem três principais casos que podem gerar indenização aos passageiros:  

• Bagagem danificada: a indenização serve como reparação para custos ou reposição de itens danificados e deve ser solicitada em até 7 dias; 

• Bagagem atrasada: o passageiro deve ser indenizado para cobrir custo dos itens substituídos. O pedido deve ser feito até 21 dias depois do recebimento da bagagem;  

• Bagagem perdida: a indenização deve cobrir o custo dos itens perdidos e deve ser solicitada em até 2 anos após a perda. 

Quais os direitos do passageiro em caso de greves das companhias aéreas? 

Os consumidores também têm o direito de receber assistência das empresas em casos de greves de pilotos, tripulantes de cabine, engenheiros de voo e funcionários. 

As companhias ficam isentas de prestar auxílio em situações de manifestações ou paralisações de segurança em aeroportos ou fronteiras, carregadores de bagagem, controladores de tráfego aéreo e grupos políticos.

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