Objetivos financeiros

Portabilidade do plano de previdência: como fazer para aumentar seus rendimentos

A possibilidade de mudar de um plano para outro é um dos atrativos da previdência privada. Contudo, operação deve ser feita com cuidado

Uma grande vantagem dos planos de previdência é a possibilidade de realização de portabilidade entre fundos. Essas movimentações são permitidas entre planos da mesma instituição financeira ou instituições financeiras diferentes. Isso desde que sejam do mesmo tipo (entre PGBLs ou entre VGBLs) e possuam o mesmo regime tributário. 

Com isso, é possível ajustar a estratégia de investimento ao longo do tempo sem a necessidade de resgatar os valores e pagar Imposto de Renda. Vários motivos podem levar a essa troca, como o lançamento de produtos mais rentáveis e competitivos no mercado, que oferecem taxas menores. Assim como a adequação de objetivos conforme a idade do segurado, o que pode exigir a troca de um fundo mais arrojado para outro mais conservador como forma de preservar o patrimônio acumulado. 

“Se, por exemplo, a pessoa iniciou o seu planejamento em um fundo multimercado e queira transferir para um fundo de renda fixa, ou vice-versa, a portabilidade de previdência privada é a forma adequada de viabilizar essa mudança. Em um fundo tradicional, seria necessário resgatar o saldo de um fundo para aplicar em outro, o que não seria eficiente em função do pagamento de IR antecipado”, explica Danilo Carrillo, especialista em seguro e previdência privada da Warren.

Mas antes de mudar de fundo Carrillo orienta que o investidor deve verificar se o valor da contribuição é suficiente para atingir objetivos de longo prazo. E reforça que os planos de previdência não são recomendados para objetivos de curto prazo em função da ineficiência tributária. Já no longo prazo, os fundos agregam diferenciais significativos em relação a outros tipos de fundos e demais investimentos.

Diversificação nos fundos

A diversificação em fundos de previdência que invistam em classes de ativos mais voláteis como ações, por exemplo, é muito importante para a formação de uma carteira equilibrada, de acordo com o especialista. No entanto, deve-se “calibrar” a carteira de acordo com o perfil de risco dos investidores. 

Por ser, conceitualmente, um investimento de longo prazo, ao contratar um plano de previdência os investidores com perfil moderado e arrojado têm a opção de investimentos que incluem classes de ativos com maior relação risco/retorno por meio de fundos de previdência multimercados ou ações.

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Já os investidores mais conservadores podem optar por fundos de renda fixa com baixa volatilidade já que, normalmente, têm mais aversão aos momentos de oscilação de performance.

O percentual de alocação em ativos mais voláteis dependerá também da qualificação do investidor. De acordo com a legislação atual, os investidores qualificados podem investir em fundos de previdência que contenham até 100% de ações na carteira. Para investidores não qualificados esse limite é de 70%.

“Quanto mais arrojado o perfil do investidor e quanto maior o prazo para atingimento do objetivo (aposentadoria / resgate / transformação em renda), maior poderá ser a parcela de investimento nos fundos com classes de ativos mais voláteis”, afirma o especialista da Warren.

Cuidados ao escolher uma previdência privada

Ao investir em um fundo de previdência, você deve estar atento ao tipo de plano (PGBL ou VGBL) e regime tributário (Progressivo ou Regressivo) adequado ao perfil de risco ou objetivo. Além disso, é bom fugir dos planos em que hajam cobranças de taxas de carregamento e saída ou ainda taxas de administração abusivas. 

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“É muito comum encontrar pessoas com planos contratados há muito tempo em que essas taxas abusivas continuam sendo praticadas. Por isso, é preciso buscar um profissional para ajudar nas comparações entre as condições dos planos antigos e atuais e definir qual é a melhor opção”, diz o especialista da Warren.

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