Renda fixa

Como se planejar para comprar um celular com investimentos em renda fixa?

Pesquisa mostra que 54% dos brasileiros querem trocar de aparelho, mas poucos conseguem

O consumidor brasileiro troca de celular cada vez com menos frequência e fica até 24 meses ou mais com o mesmo aparelho, de acordo com pesquisa da GfK — empresa alemã especializada em estudos de mercado. Somente neste ano, a companhia estima que 54% dos brasileiros querem trocar de celular, mas como fazer isso sem se enrolar em dívidas?

Não existe nenhuma receita mágica. Porém, aplicar recursos em produtos de renda fixa com esse o objetivo de adquirir um aparelho eletrônico no prazo de um ano ou mais pode ser uma opção para realizar esse desejo. Afinal, o celular hoje em dia se tornou uma ferramenta de trabalho e entretenimento.

Para se ter uma ideia, os celulares de última geração à venda no mercado não saem por menos do que R$ 5.384,60, como é o caso do Galaxy S23 Ultra. Aparelhos como iPhone 15 Pro Max e Asus ROG Phone 7 Ultimate estão em torno de R$ 8.498 e R$ 8.834,05, respectivamente. Ou seja, você vai precisar desembolsar uma boa quantia para trocar de aparelho caso queira adquirir os modelos mais atualizados no mercado.

O Bora Investir conversou com Filipe Arend, head de renda fixa da Faz Capital, para entender como conseguir um novo celular usando apenas recursos aplicados em produtos de renda fixa.

Em quais ativos de renda fixa investir para comprar um celular em um ano?

Para Arend, apesar do prazo curto, a renda fixa continua a oferecer uma boa oportunidade de retorno aos investidores e com uma previsão maior, o que ajuda a atingir o objetivo estipulado neste período de tempo. A Selic está atualmente em 10,75% ao ano, e ele espera que seja mantida a trajetória de queda, até o patamar de 9% ao ano.

“Investimentos atrelados ao CDI e ao IPCA podem apresentar retornos mais baixos no curto prazo. Por isso, investimentos em títulos de renda fixa prefixados são boas opções para este horizonte. O nível das taxas disponíveis permanece atrativo, e essas aplicações se beneficiam de novas quedas na taxa Selic”, afirma.

A vantagem dos títulos de renda fixa prefixados, segundo ele, se concentra no fato de que é possível “saber de antemão exatamente o quanto é necessário investir para se alcançar um determinado objetivo.” 

Entre os ativos que podem compor essa carteira, estão CDBs, LCIs e LCAs e o próprio Tesouro Prefixado.

Quando devo começar a investir?

Considerando um celular novo e de última geração — como iPhone 15 Pro Max —, somado com as taxas de entrega, impostos, carregador, fone de ouvido e outros possíveis imprevistos, o valor total pode chegar a até R$ 12.000 mil, por exemplo. Neste caso, o investidor precisa desembolsar o valor suficiente para cobrir todos esses custos sem comprometer o seu orçamento e se enrolar em dívidas.

“No prazo de um ano, considerando um CDB prefixado com taxa de 11,50% ao ano, é necessária uma aplicação de cerca de R$ 126,6 mil para que o investidor consiga comprar um celular de R$12 mil apenas com o rendimento de sua aplicação em renda fixa, já levando em conta a incidência de Imposto de Renda”, explica.

Mas, em qual título de renda fixa é melhor?

A escolha do título de renda fixa que traga mais retorno dentro do objetivo estipulado vai variar conforme o perfil de risco do investidor. Ou seja, não é uma fórmula pronta que se aplica a todos os investidores. Isso muda conforme o nível de exposição ao risco que cada pessoa está disposta a correr.

“Mesmo na renda fixa, existem ativos mais conservadores e mais arrojados, muitas vezes com oscilações de preço relevantes que podem exceder a sua tolerância de risco. Na escolha de um ativo de renda fixa, além desse fator, é importante considerar as expectativas quanto à trajetória dos principais indicadores econômicos à frente. A precificação dos títulos de renda fixa depende em grande parte do comportamento de taxas de juros e inflação ao longo do tempo, os quais, por sua vez, dependem de uma série de fatores associados à atividade econômica”, disse.

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