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9 mitos e verdades sobre empréstimo de ativos 

Empréstimo de ativos, conhecido também como aluguel, pode gerar renda passiva ao investidor

empréstimo de ações, também conhecido como custódia remunerada, é uma das formas de remuneração de quem investe em renda variável. Apesar de ser uma forma de gerar renda passiva com os investimentos que já estão na carteira, o tema causa dúvidas nos investidores. 

Há dois lados principais no empréstimo: o de quem está emprestando (o doador) e o de quem está pegando os ativos emprestados (o tomador). O doador autoriza a transferência dos seus ativos para um terceiro (tomador) por tempo determinado e em troca recebe uma taxa de empréstimo. 

“Desmistificar o aluguel de ações é essencial, pois ele pode gerar uma renda passiva importante para os investidores”, destaca Henrique Chagas, Especialista em Empréstimo de Ativos da B3. 

Saiba os mitos e verdades sobre empréstimo de ativos 

1 – Apenas grandes investidores podem participar do mercado de empréstimo? MITO

Investidores pessoa física podem participar sim, inclusive com carteiras menores. O pré-requisito é ter ativos elegíveis e autorizar o empréstimo via corretora.  

2- Emprestar as ações não gera muito retorno. MITO 

O retorno pode ser atrativo, principalmente em períodos de alta demanda por determinado ativo. As taxas variam de acordo com o ativo e a escassez no mercado (oferta e demanda). 

“A remuneração do empréstimo está muito ligada à oferta e demanda por aquela ação. Mesmo com taxas menores, o retorno é incremental e passivo, ou seja, sem necessidade de vender o papel”, aponta Henrique Chagas. 

3 – Emprestar as ações é muito arriscado. MITO 

As operações são garantidas pela infraestrutura da B3, com mecanismos de proteção e garantias. Em caso de inadimplência, há recompras automáticas com ativos ou garantias depositadas. 

“Riscos existem, mas são mitigados pelo sistema e regulados. A contraparte central da B3 garante que a operação seja honrada, o que deixa o mercado de empréstimo seguro”, afirma Henrique. 

4 – Emprestar as ações só serve para short selling. MITO 

O uso mais conhecido é para operações vendidas, mas há outros motivos: arbitragem, market making, estratégias de hedge. O empréstimo ajuda a dar liquidez ao mercado, não só viabilizar shorts.  

+ Como o empréstimo de ações pode ajudar na diversificação de portfólio

5 – O investidor perde o direito a dividendos do ativo ao emprestá-lo. MITO  

O investidor mantém o direito econômico, ou seja, recebe os dividendos por meio de pagamento equivalente. Assim, o valor é repassado pela contraparte tomadora no vencimento. 

6 – O investidor perde o direito a participar de votos em assembleia do ativo ao emprestá-lo. VERDADE 

Ações emprestadas ficam temporariamente fora da custódia direta do investidor. O direito de voto acompanha a titularidade momentânea, e vai para quem está com a ação. 

Se quiser votar, o investidor pode solicitar o recall das ações antes da assembleia.  

7 – O investidor não pode vender as ações enquanto as estiver emprestado. MITO  

O investidor pode vender seu ativo a qualquer momento. Isso acontece porque a operação de venda é prioridade, sem complicações adicionais. 

8 – O processo de emprestar as ações é muito complicado e burocrático. MITO 

A operação é feita de forma automatizada e transparente, com a B3 centralizando e regulando o processo. 

9 – O investidor não tem visibilidade do mercado de empréstimo. MITO 

A B3 disponibiliza o Boletim Diário de Empréstimos e outras ferramentas de acompanhamento desse mercado. As corretoras também oferecem dashboards com volume, taxa média e histórico de operações.

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