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Confira as ações com maiores altas e baixas no Ibovespa em 2023 – até aqui

Ações do varejo dominam destaques negativos. Papéis com melhores desempenhos vêm de setores mais variados, com surpresa no topo da lista

Foto: Pexels
Em levantamento, a Quantum Finance listou o Top 10 dos papéis que tiveram maiores altas e baixas, desde o começo do ano, até 31 de outubro.

O ano se encaminha para seu período final e a lista de quais empresas e setores se saíram melhor, ou pior, na bolsa de valores em 2023 vai se consolidando. O Ibovespa, que fechou 2022 em 109 mil pontos, viu algumas de suas ações de maior peso se valorizarem, enquanto outras registraram queda.

Em levantamento, a Quantum Finance listou o Top 10 dos papéis que tiveram maiores altas e baixas desde o começo do ano até 31 de outubro.

Das 86 ações que fazem parte do índice, 44 (51,16% do total) tiveram altas no acumulado do ano. Dessas, 39 ações (45,35% da carteira) registraram performance acima do Ibovespa no período, que teve uma valorização de 3,11%. 

Confira as 10 ações com maiores altas e baixas do Ibovespa em 2023

10 Maiores altas do Ibovespa em 2023 até 31/10

AçãoTickerRetorno Ano
YDUQS PART ONYDUQ376,50%
PETROBRAS PNPETR476,14%
ULTRAPAR ONUGPA365,59%
PETROBRAS ONPETR364,07%
IRB BRASIL RE ONIRBR357,71%
BANCO DO BRASIL ONBBAS350,47%
GOLGOLL446,96%
CYRELA REALTY ONCYRE342,43%
CSN MINERAÇÃO ONCMIN339,96%
SAO MARTINHO ONSMTO338,64%
Fonte: Quantum Finance

10 Maiores quedas do Ibovespa em 2023 até 31/10

AçãoTickerRetorno Ano
CASAS BAHIA ONBHIA3-81,25%
MAGAZINE LUIZA ONMGLU3-51,46%
GRUPO SOMA ONSOMA3-47,19%
P.AÇÚCAR-CBD ONPCAR3-47,09%
ALPARGATAS PNALPA4-45,29%
ASSAI ONASAI3-43,58%
PETZ ONPETZ3-42,98%
CVC BRASIL ONCVCB3-38,75%
CARREFOUR BR ONCRFB3-38,52%
LOJAS RENNER ONLREN3-38,14%
Fonte: Quantum Finance

Diversidade de setores entre as altas

Os papéis da Yduqs, do setor de educação, desbancou gigantes do mercado, como Petrobras e grandes bancos, e lidera a lista das maiores altas, com 76,50% de retorno. 

Segundo Alan Martins, analista da Nova Futura, as empresas da área de educação sofreram com falta de perspectivas de incentivos nos últimos anos. Com isso, os papéis estavam descontados e se beneficiaram da troca de governo, para um que “tinha um histórico de incentivo como o antigo Fies”.

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“Outras como Ultrapar, IRB e Gol estavam muito amassadas e se beneficiaram também de uma perspectiva de governo trazendo política social e acabou sendo contribuído”, afirma.

Já para o desempenho de Petrobras e Banco do Brasil, o analista afirma que mesmo após um primeiro momento de receio por possíveis intervenções, a política forte de distribuição de dividendos foi mantida, e alavancou os rendimentos.

Já o setor de construção civil conta com os papéis da Cyrela e da MRV no ranking. Para Martins, as ações ganharam força com a perspectiva do Minha Casa, Minha Vida e dos cortes de juros, que começaram a acontecer esse ano. 

Para fechar as 10 ações com maiores retornos, temos CSN Mineração e São Martinho, que são ligadas ao setor de commodities. Para o desempenho dessas companhias, o analista da Nova Futura destaca o movimento da China em lançar incentivos para aquecer a economia, que vem sustentando o minério e outras commodities. 

Ações do varejo dominam destaques negativos

Dentre o Top 10 das ações que tiveram maiores baixas, as ações do varejo têm destaque e ocupam toda a lista. Casas Bahia e Magazine Luiza encabeçam a lista com -81,25% e -51,46% de desempenho, respectivamente.

Alan Martins aponta que, de maneira macro, o longo período de juros altos que vivemos e os números não animadores do varejo no ano pesaram sobre as cotações das companhias.  

“Queda no consumo pessoal e recordes de endividamento das famílias, aliados ao fim de programas de distribuição de renda pós pandemia, pegaram em cheio em todo o setor”, diz.

Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management, afirma que a queda relevante nas ações da empresa SOMA3 também foi puxada pelo maior volume de depreciação decorrente de maiores investimentos realizados nos últimos anos.

“Já Petz, nadou de braçada contra a manada durante a pandemia, com faturamentos exponenciais. Contudo não foi o suficiente diante da inflação e dos juros em alta”, ressalta.

Perspectiva para a bolsa

Apesar de destaques negativos e positivos, o Ibovespa tem um cenário mais animador para os próximos meses. Pelo menos é o que projetam algumas gestoras do mercado, que veem um movimento conjunto de crescimento da economia chinesa e desaceleração da economia dos EUA como positivo para mercados emergentes.

Neste começo de mês de novembro, o IBOV avançou mais de 5%, e chegou a 119 mil pontos nesta terça-feira, 7.

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