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Dividendos, JCP, bonificação: conheça os diferentes tipos de remuneração nas ações

As empresas têm diferentes formas de remunerar seus acionistas. Entenda as diferenças entre elas

As três formas de remuneração têm diferenças, mas devem ser levadas em conta na hora de escolher onde investir. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Os investidores que estão em busca de uma renda extra com ações normalmente avaliam com atenção a distribuição de dividendos das companhias. Mas esse não é o único fator a ser levado em conta na hora de investir e nem é a única remuneração que as empresas abertas fazem a seus acionistas. Além dos dividendos, existem os Juros sobre Capital Próprio e a bonificação de ações. “São três mecanismos interessantes de remuneração ao acionista, que existem por motivos diferentes, com regras, leis e tributação diferentes. Mas no final do dia, a empresa está remunerando seu acionista”, afirma Bruno Oliveira, analista da plataforma AGF. Entenda abaixo quais as diferenças entre as três formas de remuneração.

Dividendos

O tipo de remuneração mais conhecido, os dividendos são a distribuição de parte do lucro da empresa a seus acionistas. “Seu pagamento depende do negócio e da geração de caixa da empresa”, lembra Rafael Martins, professor do curso de Administração da Faculdade Anhanguera. Por isso, na hora de escolher as empresas para se investir, é preciso analisar seus fundamentos. “Geralmente, empresas que estão mais consolidadas, têm domínio em sua área e forte geração de caixa são as que mais pagam dividendos e têm desempenho melhor no longo prazo”, diz.

“O interessante é que o investidor não paga imposto de renda sobre dividendos”, diz Martins.

Juros sobre capital próprio (JCP)

Diferente dos dividendos, o juro sobre capital próprio é tributado para os acionistas em 15%. Por outro lado, a empresa tem uma dedução fiscal quando paga proventos aos acionistas via JCP.

“O JCP é algo bem peculiar do Brasil. Foi um incentivo para que as empresas se financiassem com seu próprio capital. Para a empresa, por causa da dedução do imposto de renda, é menos oneroso”, diz Bruno Oliveira, analista da plataforma AGF. “O JCP traz eficiência maior para a empresa e para o próprio acionista. No contexto geral, a remuneração via JCP é mais atraente para a dinâmica entre acionista e empresa”, afirma ele.

Bonificação de ações

Outra opção das empresas é remunerar os acionistas com mais ações, com a bonificação. Quando isso acontece, o acionista recebe novas ações da companhia, sem pagar mais por isso. Assim, sua participação no capital da empresa aumenta.

“Nada mais é do que um provento em dinheiro que poderia ser distribuído ao acionista, porém a empresa fica com o dinheiro e entrega ações para o acionista”, diz Oliveira. Segundo ele, seria o equivalente a comprar novas ações usando o dinheiro recebido em dividendos e JCP distribuídos pela companhia.

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