Mercado

Ibovespa avança em dia de noticiário político agitado

Bolsa fechou em alta de 0,77% aos 116.928 pontos. O dólar comercial caiu e encerrou o dia R$ 5,11

Linhas de gráfico numa tela de computador
A Bolsa de Valores divide suas ações em setores baseados na atuação das empresas na economia real. Foto: Adobe Stock

Os investidores têm reagido com otimismo à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pelo segundo dia seguido, a bolsa avançou e o dólar perdeu valor o que mostra – pelo menos por enquanto – uma leitura positiva do mercado financeiro.

O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), que desde domingo (30) não havia feito nenhuma declaração, também ajudou a puxar o índice para cima. A fala, no entanto, veio sem que Bolsonaro admita a derrota nas eleições.

Por volta das 16h39, início do pronunciamento de Bolsonaro, a bolsa renovou a máxima e subiu 1,92% aos 118.261 pontos. Após a fala o índice desacelerou um pouco e fechou em alta de 0,77% aos 116.928 pontos. A recuperação pontual dos ativos ligados às commodities metálicas também ajudou o Ibovespa a fechar no positivo. Já o dólar comercial encerrou o dia com queda de 0,91%, a R$ 5,11.

A terça-feira, dia 1/11, também foi marcada pela nomeação do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB) para coordenar a transição de governo. O nome é bem aceito por bancos e investidores, apesar da futura equipe econômica não ter sido anunciada. As possíveis pressões nos ativos, por conta dos bloqueios em rodovias, também preocuparam o mercado.

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Altas e Baixas

Do lado positivo da bolsa ficaram as ações da Copel (CPLE6) – Companhia Paranaense de Energia, que avançaram 8,92%; da IRB Brasil Resseguros (IRBR3) que subiram 6,38% e da CSN Mineração (CMIN3) com alta de 7,58%. As maiores baixas ficaram com a Cielo (CIEL3), que caiu 7,73%; Hypera (HYPE3), com queda de3,74%, e Tots (TOTS3), baixa de 3,17%.

Sem pregão, mas com FED

A Bolsa do Brasil (B3) não funciona nesta quarta-feira, 2/11, por conta do feriado de Finados. Lá fora, é dia de decisão dos juros pelo Federal Reserve – o banco central americano. O mercado espera um quarto aperto monetário no valor de 0,75 ponto percentual – o que elevaria os juros para uma faixa de 3,75% a 4%.

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