Ações

Qual a diferença entre Ações e BDRs? Explicamos em 3 pontos

Ações e BDRs são duas das alternativas de ativos de renda variável disponíveis na bolsa de valores brasileira

Homem sentado avaliando investimentos. Foto: Adobe Stock
A projeção para 2023 é de expansão de mais 5 pontos percentuais no índice, ou 9 milhões de novos investidores. Foto: Adobe Stock

Na hora de investir em renda variável, mais exatamente em empresas, o investidor pode se deparar com as opções: Ações e BDRs. Apesar dos dois ativos serem meios de aporte em companhias, existem mais diferenças entre eles do que apenas um ser referente a negócios nacionais e outro internacionais.

Conheça cada tipo de ativo e quais são as diferenças entre eles:

O que são ações?

Uma ação é a menor parcela do capital social de companhias ou sociedades anônimas. É, portanto, um ativo financeiro que dá aos seus titulares, os chamados acionistas, os direitos e deveres de um sócio. Em outras palavras, ao comprar ações, os investidores compram um pedaço – ainda que pequeno – de uma empresa.

Apesar de todas as companhias terem o seu capital dividido em ações, somente as ações emitidas por companhias registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), chamadas companhias de capital aberto, podem ser negociadas na B3, a bolsa do Brasil.

Conheça mais sobre o que são as ações e seus tipos

O que são BDRs?

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) não são ações, propriamente, mas certificados de ações emitidos por empresas estrangeiras que permitem aos brasileiros compor suas carteiras com esse tipo de papel. 

Negociados na B3, os BDRs são uma alternativa para diversificar investimentos e reduzir riscos inerentes ao cenário nacional, por exemplo. E, como dependem de uma instituição brasileira (bancos ou o Banco B3) para intermediar sua negociação, não é preciso se preocupar com questões complexas como remessas ou tributação internacional.

Assim como no caso de ações de empresas nacionais, o investidor pode ganhar com a valorização do ativo e com a distribuição de dividendos. Outra oportunidade de retorno é com a valorização do dólar em relação ao real, já que os BDRs são negociados no mercado internacional, mas sua cotação é baseada na moeda nacional.

A opção é relativamente recente para pessoas físicas. Até o final de 2020 só investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão investido) tinham acesso aos BDRs.

Saiba mais sobre o que são BDRs e como eles funcionam

Quais as diferenças entre ações e BDRs

Apesar das já citadas diferenças, como investir em empresas nacionais e internacionais, e o fato do BDR ser um certificado de ação, há também outros pontos de disparidade. Como:

  • Cada BDR tem uma proporção para a ação estrangeira. Por exemplo, o BDR da Apple equivale a 1/10 de ação. Ou seja, para ter o valor de uma ação, o investidor precisaria ter 10 BDRs da companhia.
  • Dividendos tributados: apesar de também pagar dividendos, como as ações nacionais, os BDRs estão sujeitos ao regulamento de dividendos de seus respectivos países de origem. Exemplo: as empresas dos EUA não são obrigadas a pagar dividendos, e aquelas que o fazem estão sujeitas à tributação do país, que é de 30%.
  • Influência do câmbio: quando se compra um BDR, o investidor está exposto à variação cambial. Mesmo o ativo sendo comprado em real, o preço do papel está ligado à sua moeda natal, por isso ele pode variar com o câmbio.

Para Luiz Souza, especialista em renda variável da SVN Investimentos, as diferenças entre os dois ativos podem ser consideradas vantagens e desvantagens. O BDR, por exemplo, apresenta uma solução para fugir do risco Brasil e traz uma diversificação. Por outro lado, ele contém o risco cambial.

Assim como também existe o contraponto de dividendos tributáveis, mas há o benefício de investir nas maiores companhias do mundo e em economias importantes do planeta.

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