Dólar abaixo de R$ 6? Veja o que Trump tem a ver com a queda da moeda americana
Desde que Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, o dólar vem perdendo força globalmente
O dólar à vista opera em forte queda nesta quarta-feira (22) diante da sinalização de Donald Trump de que deverá tarifar a China com taxas menores do que o esperado pelo mercado. Assim, o real brasileiro se destaca entre as 33 moedas mais líquidas.
No começo da tarde, perto das 13h, a moeda americana era negociada em queda de 1,45%, cotado a R$ 5,9430, depois de ter tocado a mínima de R$ 5,9280 e batido na máxima de R$ 6,0201. Já o euro comercial exibia desvalorização de 1,46%, a R$ 6,1900.
Desde que Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos pela segunda vez na última segunda-feira (20), o dólar vem perdendo força globalmente.
No Brasil, depois do pico de R$ 6,1811 no fechamento de 3 de janeiro, a moeda americana foi pouco a pouco cedendo, o que foi intensificado nesta semana.
Então, qual o motivo principal para esta baixa?
Havia a expectativa de que Trump, logo após a posse, assinasse decretos para a aplicação de tarifas comerciais contra diversos países, como ele propagou durante a campanha à presidência.
Entretanto, até agora, nada foi implementado. Contudo, Trump voltou a afirmar que vai impor tarifas de 25% sobre importações do Canadá e do México.
Também disse que deve impor taxação de 10% a produtos chineses – bem menos do que o mercado cogitava.
Dólar: onda de otimismo
A notícia injetou uma onda de otimismo nos mercados globais, que temiam que Trump aplicasse tarifas mais agressivas aos parceiros comerciais.
Assim, segundo analistas, o mercado global de câmbio passa também por um movimento de correção técnica. Isso porque vinha de um nível elevado de posições compradas (aposta na valorização) em dólar.
Dessa forma, o mercado aproveita o alívio com a não imposição de tarifas comerciais pelos EUA para reduzir a exposição à moeda americana.
No Brasil, segundo o Valor Econômico, há relatos de entrada de fluxo de dólares.
Além de os investidores estrangeiros voltarem a aplicar recursos no mercado secundário da B3 por cinco sessões seguidas.
Na semana passada também houve a venda da participação da Cosan na Vale em “block trade” na bolsa, que movimentou R$ 9,1 bilhões, o que pode ter trazido mais dólares para o país.
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