FIIs de tijolo lideram ganhos em setembro. Veja lista completa

O mês de setembro foi positivo para os fundos imobiliários como um todo, com um avanço de 3,3% do IFIX B3. No entanto, essa alta foi puxada, especialmente, pelos fundos de tijolo. Segundo a gestora Patria Investimentos, os fundos de tijolo registraram avanço de 4,3%, enquanto os de papel subiram 1,4%.

Esse movimento se reflete também na lista dos FIIs com maiores retornos no mês. Dos dez FIIs com maiores retornos, nove são de tijolo. Na categoria, os fundos que investem em galpões logísticos se destacaram. Além da primeira posição, ocupada pelo HSI Logística, outros dois fundos desse tipo estão na lista.

Queda da Selic pode levar à recuperação “bastante rápida” dos FIIs, diz Alexandre Lafer, CEO da Housi

Mas o mês foi positivo para os FIIs em geral. Em setembro, o IFIX B3 acumulou alta de 3,3%, sustentado principalmente pelo bom desempenho dos fundos de tijolo (+4,3%), com contribuição também dos fundos de papel (+1,4%)

Confira o ranking dos fundos imobiliários com maiores retornos em setembro. Os dados são da Quantum Finance, com exclusividade para o Bora Investir.

Aumento de capacidade, menor vacância e cenário macro favorecem FIIs de tijolo

Em carta aos cotistas, a equipe de gestão do HSLG11 destaca que o fundo recebeu notificação para ampliar o galpão “HSI Log BTS Meli”, a 22km de São Paulo. “Dessa forma, o novo valor do imóvel via laudo de avaliação será refletido na carteira do fundo apenas após a entrega da expansão”, diz a carta.

Como FIIs podem ajudar a proteger seu patrimônio da inflação?

A gestão diz ainda que, em setembro, foi feito o terceiro aumento consecutivo de distribuição de dividendos. Além da gestão do portfólio, esse movimento é reflexo também do cenário macroeconômico. “A continuidade desse movimento dependerá da consolidação do cenário de estabilidade da taxa básica de juros, podendo se intensificar caso se confirmem sinais de melhora macroeconômica e um início de um ciclo de cortes”, diz o documento.

A carta de gestão do segundo colocado no ranking, o HGRE11, também destaca o cenário macro. “Embora o mercado espere cortes [de juros] apenas em 2026, prevalece a percepção de que a política monetária está surtindo efeito, o que pode sinalizar o fim do ciclo de alta no início do próximo ano”, diz o relatório gerencial.

Em setembro, o HGRE11 também se beneficiou de movimentações do próprio fundo. Com a entrada de dois novos locatários, a vacância do fundo caiu para 7,7% (física) e 5,1% (financeira).

Fundos de papel sofrem impacto da deflação em agosto

Segundo a Patria Investimentos, “o IPCA negativo de agosto deve impactar pontualmente os rendimentos dos fundos de CRI mais indexados à inflação, sem comprometer o retorno real”, diz a carta mensal da gestora.

A XP Investimentos também pontuou o impacto do IPCA sobre os fundos de papel. “Nos fundos indexados ao IPCA, os rendimentos mensais refletem tanto os juros recebidos quanto a correção monetária dos ativos, sendo diretamente influenciados pelas variações da inflação”, diz relatório. “Nesse contexto, a deflação observada em agosto tende a gerar impacto negativo — ainda que limitado — sobre o resultado dos fundos mais expostos ao IPCA, com possível redução pontual no montante distribuível de alguns deles”.

Confira a lista dos maiores retornos entre os FIIs de papel:

Quer simular investimentos no Tesouro Direto? Acesse o simulador e confira os prováveis rendimentos da sua aplicação. Se já é investidor e quer analisar todos os seus investimentos, gratuitamente, em um só lugar, acesse a Área do Investidor.