Conheça os setores que mais renderam no começo de 2025
Índices setoriais representam grupos diferentes na economia brasileira e buscam visão mais específica do cenário
O primeiro trimestre foi de alta no principal índice da bolsa de valores, o Ibovespa B3. Composto por diversos papéis, o indicador representa o desempenho do mercado de ações brasileiro como um todo, mas, há índices que medem a performance de setores específicos. Os índices setoriais da B3 buscam trazer uma visão mais específica de uma área da economia brasileira, com base em ações da mesma categoria, que são agrupadas na carteira teórica daquele indicador.
Um levantamento da Elos Ayta Consultoria, feito a pedido do B3 Bora Investir, trouxe o desempenho dos índices setoriais nos primeiros três meses do ano. Confira!
Os setores que mais subiram no primeiro trimestre de 2025
Índice | Código | Retorno |
Imobiliário | IMOB | 17,57% |
Financeiro | IFNC | 17,13% |
Utilidade Pública | UTIL | 12,51% |
Energia Elétrica | IEEX | 10,10% |
Ibovespa | IBOV | 8,29% |
Consumo | ICON | 8,07% |
Industrial | INDX | -0,97% |
Agronegócio | AGFS | -3,20% |
Materiais Básicos | IMAT | -3,91% |
No início deste ano, o índice que teve maior alta foi o IMOB B3, indicador de ações do setor imobiliário, que teve valorização de 17,57% no primeiro trimestre. Segundo Monica Araújo, estrategista de renda variável da InvestSmart XP, o setor de incorporação foi um grande destaque operacional positivo no fim de 2024, o que colaborou para o otimismo entre os investidores nas empresas da área.
“Não somente no segmento Minha Casa Minha Vida, mas também no segmento de média e alta renda, as empresas do setor apresentaram forte aumento de lançamento e vendas, o que se refletiu em resultados robustos no 4T24”, apontou ela.
A estrategista de renda varável ainda destaca que o bom desempenho operacional deu suporte ao aumento de exposição dos investidores a esse segmento, que tem expectativa de manter nível de entrega positivo em 2025.
Setores resilientes mantêm destaque
Logo atrás no ranking de melhores rendimentos, os índices do setor financeiro e de Utilidade Pública também mostram resultados acima do Ibovespa B3. O IFNC B3 e o UTIL B3, subiram 17,13% e 12,51%, respectivamente.
Considerados setores mais resilientes, de acordo com Araújo, as ações que compõem esses indicadores costumam apresentar menos oscilações em termos de desempenho operacional.
“Essa resiliência se reflete também na performance de suas ações. Lembrando que temos grandes grupos, que são reconhecidos internacionalmente, nesses dois setores. Representatividade e liquidez elevada são características importantes na escolha de ativos pelos investidores estrangeiros”, ressalta a estrategista de renda variável da InvestSmart XP.
Agronegócio e Materiais Básicos em baixa no 1º trimestre
Apesar do bom desempenho geral do Ibovespa, há setores que apresentaram baixas nos três primeiros meses de 2025. Foram os casos de índices como o de Agronegócio e de Materiais Básicos, que recuaram 3,20% e 3,91%, respectivamente.
“Materiais básicos têm uma relação direta com o preço das commodities no cenário internacional, em especial o preço do minério, que teve forte oscilação nos últimos meses. Além desse aspecto, ampliando a visão para uma questão mais macro, o desempenho da economia chinesa e agora os desdobramentos da guerra comercial como consequência das tarifas do Trump levam a um certo receio dos investidores”, ressalta Monica Araújo.
Já em relação ao Agro, a estrategista relaciona o desempenho à fraqueza dos preços de algumas commodities agrícolas, as variações climáticas que podem prejudicar as safras e ainda a questões geopolíticas que também podem impactar essas movimentações.
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