ETFs
Em que fase do ciclo econômico estamos?

Alexandre Frade, da Itaú Asset
Sênior Portfolio Manager de Estratégias Indexadas da Itaú Asset Management. Experiência de 10 anos em Fundos de Pensão, e 5 anos na BlackRock como Gestor Sênior de ETFs listados na América Latina. Desde 2018, trabalha na Itaú Asset com foco em mandatos Indexados e ETFs.
Em que fase do ciclo econômico estamos? Esta é uma pergunta que ajuda muito na montagem de portfólios. Se bem respondida, ajuda a simplificar o processo de alocação de investimentos, melhorando suas chances estatísticas de sucesso. A ideia vem do Teorema de Bayes, que permite atualizar a probabilidade de um evento com base em novas evidências. “Probabilidade de A dado que B ocorreu”.
No Brasil, os sinais apontam para uma fase moderada do ciclo econômico: inflação desacelera, mas ainda preocupa; o PIB cresce de forma estável; juros altos restringem crédito; o fiscal é expansionista; e a confiança empresarial recua. Esses fatores equilibram riscos e avanços, caracterizando uma transição sem euforia nem crise aparentes. Com o PIB projetado em torno de 1,8% para 2025 e inflação estimada em 4,6%, o Banco Central mantém a taxa Selic em 15,00% ao ano, sinalizando cortes apenas a partir de 2026. Esse cenário demanda uma abordagem estratégica na alocação de ativos, equilibrando proteção e captura de oportunidades.
Quais seriam bons candidatos para a montagem de uma carteira, dadas as variáveis apontadas acima?
Na renda fixa, os títulos indexados à inflação continuam atrativos, oferecendo proteção contra volatilidade e juros reais elevados. A exposição a juros reais e inflação pode ser feita por meio dos ETFs B5P211, IMAB11 e IB5M11, que oferecem acesso eficiente a títulos públicos indexados ao IPCA e à taxa real de juros. Esses instrumentos são úteis para preservar poder de compra e aproveitar os elevados juros reais vigentes.
Para quem busca aproveitar o fim do ciclo de alta da Selic, os ETFs IRFM11 e IDKA11 representam boas alternativas em prefixados. Eles permitem exposição a taxas atrativas e podem se beneficiar de possíveis cortes futuros, com liquidez e diversificação.
Na renda variável local, sinais mistos colocam boa parte dos investidores em neutralidade tática. Os ETFs DIVO11, focado em empresas com histórico de dividendos consistentes, e BOVV11, que replica o Ibovespa B3, são opções para exposição ao mercado doméstico, com diferentes perfis de risco e retorno.
Já para diversificação internacional, os ETFs SPXR11 e SPXI11 permitem acesso ao S&P 500, respectivamente sem e com exposição cambial. Essas estratégias são práticas para capturar oportunidades em uma economia em estágio distinto do ciclo, além de mitigar riscos locais.
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*As opiniões contidas nessa coluna não refletem necessariamente a opinião da B3
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