Entrevistas

“Eu invisto tudo que eu ganho a mais do que uso”, conta a gamer Nyvi Estephan

Ao B3 Convida, Nyvi Estephan falou sobre sua carreira nos games, a importância do eSports ligados a educação e do cenário do setor no Brasil

Nyvi Estephan. Foto: Divulgação B3
Eleita a maior Host da América Latina e 3ª do mundo, segundo o eSports Awards 2019 nos Estados Unidos, Nyvi Estephan foi entrevistada pelo B3 Convida. Foto: Divulgação B3

Apresentadora de games e esportes eletrônicos desde 2013, Nyvi Estephan conhece muito do mercado que faturou mais de R$ 196 bilhões no mundo em 2022. Por isso ela acredita que a área pode ser aliada importante no processo de educação e aprendizado das crianças.

“Sempre existirá o preconceito de que jogos ensinam coisas erradas, mas atualmente há jogos que ensinam de tudo, história, matemática, várias coisas. A questão é encontrar o jogo certo para a faixa etária que está ofertando. Acredito que os jogos ajudam em habilidades cognitivas e até na socialização quando ela é inclusiva”, afirma ela.

Eleita a maior Host da América Latina e 3ª do mundo, segundo o eSports Awards 2019 nos Estados Unidos, Nyvi Estephan foi entrevistada pelo B3 Convida e falou sobre sua experiência no setor, finanças e sua visão do cenário braileiro.

Confira o B3 Convida com Nyvi Estephan

Carreira em eSports

A entrevistada contou que antes de entrar no mundo dos games como organizadora de competições e apresentadora, ela cursou moda e trabalhou em diversas áreas. Chegou até a trabalhar no mercado financeiro como analista de operações de risco em corretora.

“Nos games tudo começou como um hobby, até perceber que existia um potencial onde eu podia explorar. Foi quando comecei a investir no setor e estou nele até hoje. Percebi que existiam os campeonatos, mas faltavam elementos de entretenimento, como apresentação e entrevista pós-jogo. Comecei fazendo exatamente isso”, lembra.

Nyvi recorda que no começo não existia faturamento, e chegou a ficar dois anos ainda trabalhando com moda antes de se dedicar totalmente ao universo dos games.

“Eu organizava campeonatos junto com amigos meus e eu fazia a apresentação destes campeonatos. Então, no começo, o que entrava de valor era para as premiações dos campeonatos”, explica. 

“Porém, com o tempo nossos campeonatos começaram a se diferenciar. Em menos de um ano começamos a ter competições com mais de mil equipes inscritas. Então, mais gente do mercado queria participar porque via que dava certo. A partir daí comecei a me dedicar apenas aos games, e comecei a conseguir tirar meu faturamento”, relembra.

Nyvi Estephan e as finanças

A apresentadora conta que tem faturamentos fixos, mas que seu orçamento todo mês muda. Por isso, sempre faz uma organização do quanto precisa para pagar as contas, e do que vai sobrar para poder investir.

“Eu invisto tudo que eu ganho a mais do que uso. E até na minha organização de investimentos gosto de ter tudo certinho para saber como estão, o que posso resgatar e quando de cada investimento”, aponta. “Sempre fui muito organizada com dinheiro. Meu pai faleceu em 2020, mas antes ele tinha problemas de saúde e isso sempre me fez pensar que precisava me organizar financeiramente para cuidar dele”. 

Desafios no mercado dos games

A convidada do B3 Convida diz que quando começou no mercado de games passou por algo semelhante de quando trabalhou no mercado financeiro: um ambiente com poucas mulheres.

“Eu recebo muitas mensagens hoje de meninas e mulheres que viram pela primeira vez uma mulher apresentando games comigo. Na época que eu comecei a trabalhar na área eu não sabia o que eu faria. Como se sonha com algo que a gente não conhece ou não existe? Quando se tem algo para se inspirar muda tudo”, destaca.

O cenário brasileiro de eSports

Nyvi também comentou sobre o cenário brasileiro de eSports. Ela acredita que o mundo internacional começou a enxergar o Brasil como potência há poucos anos.

“Começaram a perceber o potencial do público e dos talentos brasileiros, então, há mais coisas sendo feitas para o Brasil”, afirma ela.

Já dentro do cenário nacional, a apresentadora destaca que o mercado de games tem um potencial incrível para se explorar. Contudo, muitas vezes as marcas não sabem aproveitar. 

“Muito disso acontece por falta de conhecimento da área mesmo. É um mercado muito amplo, cada jogo tem seu público e hoje há para todos os públicos”.

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