Glossário
Tabela regressiva do Imposto de Renda - O que é, significado e definição
Entenda a tabela regressiva do IR, sistema que diminui a alíquota do imposto quanto maior o prazo do seu investimento
A tabela regressiva do IR corresponde a um modelo de tributação usado em investimentos financeiros no Brasil. Nesse sistema, a alíquota do Imposto de Renda diminui conforme o tempo de permanência do dinheiro investido aumenta. O objetivo consiste em incentivar o investimento de longo prazo.
No Brasil, a tabela regressiva entrou em vigor em 2005, aplicada em modalidades de renda fixa tributáveis, como CDB, debêntures comuns, títulos do Tesouro Direto (Prefixado, IPCA+ e Selic), fundos de investimento de renda fixa ou multimercado com tributação exclusiva na fonte e “come-cotas”.
Planos de previdência privada do tipo PGBL e VGBL também utilizam tabela regressiva, mas com regras próprias. Investimentos isentos de Imposto de Renda para pessoa física, como LCI, LCA, CRI e CRA, ficam fora dessa regra. Já os fundos de ações e fundos imobiliários seguem regimes específicos de tributação.
Funcionamento da tabela regressiva nos investimentos de renda fixa
A tributação recai apenas sobre o rendimento líquido, ou seja, sobre o ganho obtido com a aplicação, sem incidir sobre o valor principal investido. As alíquotas caem conforme o prazo da aplicação se alonga, o que estimula a manutenção do capital investido por mais tempo.
Em 2025, a tabela regressiva de renda fixa apresenta as seguintes alíquotas:
| Prazo de Aplicação | Alíquota do IR sobre o rendimento |
| Até 180 dias | 22,5% |
| De 181 até 360 dias | 20% |
| De 361 até 720 dias | 17,5% |
| Acima de 720 dias | 15% |
Exemplo (renda fixa)
Considere um investimento de R$ 10 mil em um CDB, que gera rendimento de R$ 1.000 após 8 meses (240 dias). O prazo se enquadra entre 181 e 360 dias, portanto, a alíquota de IR será de 20%.
Imposto devido: 20% × R$ 1.000 = R$ 200
Valor líquido após imposto: R$ 1.000 – R$ 200 = R$ 800
Se o mesmo rendimento fosse alcançado em 12 meses (mais de 360 dias), a alíquota cairia para 17,5%, o imposto diminuiria e o ganho líquido aumentaria.
Como funciona nos planos de previdência privada
A tabela regressiva de IR para previdência privada PGBL e VGBL possui faixas de tempo e alíquotas próprias, diferentes daquelas aplicadas aos demais investimentos financeiros.
- No PGBL, o Imposto de Renda incide sobre o valor total resgatado, isto é, principal somado ao rendimento.
- No VGBL, a incidência ocorre apenas sobre os rendimentos.
As alíquotas da tabela regressiva de previdência vão de 35% (resgate em até 2 anos) até 10% (resgate após 10 anos ou mais), para premiar quem permanece mais tempo com o investimento.
Vantagens da tabela regressiva
- Estímulo ao investimento de longo prazo: prazos maiores resultam em imposto menor.
- Praticidade: o imposto fica retido na fonte, sem necessidade de controle adicional no resgate ou no vencimento.
- Planejamento financeiro: o investidor pode escolher o melhor momento para resgatar e otimizar a carga tributária.
Em quais investimentos se aplica a tabela regressiva?
A tabela regressiva se aplica à tributação de:
- CDBs (Certificados de Depósito Bancário);
- debêntures comuns;
- títulos do Tesouro Direto (Tesouro Prefixado, Tesouro IPCA+ e Tesouro Selic);
- fundos de investimento de renda fixa ou multimercado com tributação exclusiva na fonte e “come-cotas”;
- planos de previdência privada (PGBL e VGBL – cada um com regra própria)
Investimentos isentos de IR para pessoa física, como LCI, LCA, CRI e CRA, não utilizam essa tabela. Fundos de ações e fundos imobiliários possuem regras próprias de tributação.
Diferença entre tabela regressiva e progressiva
A tabela progressiva utiliza alíquotas que aumentam conforme a faixa de renda do contribuinte, geralmente usadas para salários e rendimentos de pessoas físicas. Já a tabela regressiva reduz o imposto conforme o prazo do investimento aumenta, sendo utilizada principalmente em aplicações financeiras.
A tabela regressiva do Imposto de Renda representa uma ferramenta importante para investidores que buscam maximizar o retorno ao longo do tempo, para pagar menos imposto quanto maior o tempo de aplicação. O entendimento desse mecanismo permite escolhas mais estratégicas para o momento do resgate e favorece um planejamento financeiro eficiente.
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